Nesta semana, mais precisamente na terça-feira, 1º de dezembro, foi lembrado o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, data em que a saúde chama atenção para a importância do sexo seguro. Técnicos ligados à área da saúde alertam que o uso do preservativo (camisinha), é a forma mais segura de evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis, entre elas a AIDS.
Na chamada “Era Descartável”, a preocupação é mais que válida, tendo em vista que quanto maior o número de parceiros sexuais, maior é o risco do contágio. Isso sem falar na relação de confiança que se estabelece entre marido e mulher e o preservativo é dispensado na intimidade.
Também importante e imprescindível neste contexto é a responsabilidade da família em preocupar-se desde cedo com a educação sexual dos filhos. Se décadas atrás, falar de sexo era tabu, hoje o assunto é necessário. Educação sexual envolve muito mais que indicar o uso do preservativo, implica em ensinar seu filho a respeitar seu corpo e a ter responsabilidade no ato sexual, tão banalizado nos dias de hoje.
Abordar a sexualidade de forma aberta e responsável é quesito básico para levar os filhos a entenderem as influências que levam ao início da vida sexual cada vez mais cedo e suas consequências, nem sempre tão prazerosas. Segundo dados do Ministério da Saúde, na média, os adolescentes brasileiros ingressam na vida sexual com 14,5 anos de idade e as adolescentes com 15 anos.
O diálogo deve prevalecer e os pais devem orientar os filhos sobre o ato sexual, que além de prazer, envolve responsabilidade, sentimentos e afetividade. Cada vez mais nossas crianças se comportam como adultos, encolhendo a infância e tornando precoce demais a adolescência. Além do diálogo, as atitudes e os exemplos não passam despercebidos pelos filhos.
Cuidar das nossas crianças e mostrar a elas a importância das relações que se baseiam no afeto, no amor e no respeito, é a melhor forma de protegê-las. Quando o despertar da sexualidade acontece, os pais podem contar ainda com ajuda profissional ou mesmo de um bom livro sobre o tema em questão. O importante é não ter vergonha da conversa ou constrangê-los.
Mas para que estar relação de confiança se estabeleça é preciso que o tempo de cada um seja respeitado e que também os filhos sejam ouvidos.
Por: Antonia Claudete Martins
Editora Chefe do Jornal O Celeiro