Frio chegou: Bombeiro alerta para cuidados com fogão a lenha e aquecedores

Comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Campos Novos repassa orientações para o uso adequado e prevenção de acidentes domésticos.

Com a queda da temperatura, aumenta a vontade de ficar em casa e, com isso, é natural buscarmos uma maneira de nos aquecermos. Por isso, nesta época do ano é comum o uso de aquecedores, fogão a lenha, lareiras, entre outros mecanismos e equipamentos para aquecer ambientes.

O mau uso destes utensílios, porém, pode oferecer risco de incêndio e acidentes domésticos envolvendo material inflamável. Dessa maneira, precauções para não ficarmos expostos a uma situação de risco devem ser tomadas. A reportagem do Jornal O Celeiro buscou orientações e dicas de prevenção com o Corpo de Bombeiros Militar de Campos Novos.

Luiz Gustavo Bonatelli

O Comandante do Corpo de Bombeiros Militar, Tenente BM Luiz Gustavo Bonatelli, afirma que a primeira orientação é quanto à prevenção de incêndios. “Neste período por questão da condição climática tiramos alguns equipamentos elétricos, que estão guardados, empoeirados e sem a manutenção adequada, tem fios soltos, com mau contato e isso pode gerar curto circuito e haver um princípio de incêndio. Além disso, há o risco normal de alguns equipamentos, por exemplo, aquecedores que ficam próximos de cortinas, podem gerar um princípio de incêndio, queimaduras em crianças, idosos ou pessoas com alguma dificuldade de locomoção. Há também os aquecedores que ficam geralmente nos banheiro ou em edições mais modernas em áreas mais afastadas, mas também são utilizados mais neste período, estes devem estar conforme as instruções normativas do bombeiro, deve-se ter uma área de ventilação e as chaminés, para evitar algum princípio de incêndio e a combustão destes gases”, alertou Tenente Bonatelli.

Acidentes relacionados ao mau uso de aquecedores e fogões à lenha, são comuns nesta época do ano. “Nesta época do ano é muito comum, as pessoas tem o costume de secar roupas próximo ao fogão à lenha ou até mesmo ter tapetes próximos das lareiras para esquentar um pouco mais e dependendo da madeira usada, são geradas faíscas que podem ocasionar um incêndio”, orientou ainda o Comandante.

Tenente Bonatelli disponibilizou algumas orientações à comunidade quanto ao uso de aquecedores, lareiras e fogão à lenha. Confira:

>Aquecedores elétricos:

1- Faça uma revisão técnica com um profissional capacitado antes de sua utilização. Nunca faça o conserto você mesmo;
2- Mantenha as crianças a uma distância segura, evitando o contato direto e possíveis queimaduras;
3- Tenha cuidado com o que está próximo do aquecedor, o contato ou mesmo a queda sobre outros materiais combustíveis pode causar um incêndio. Nunca colocar atrás de cortinas, próximo de pias, chuveiros, etc.
4- Mantenha circulação de ar no ambiente, renovando o oxigênio;
5- Utilize sempre de acordo com o manual de instruções, tenha uma tomada exclusiva para o aparelho e nunca deixe ligado se não tiver ninguém no ambiente;
6- Se for o modelo a óleo posicioná-lo em local estável, afastado da parede e sem riscos de que alguém tropece nele ou no cabo de alimentação.

>Aquecedores a gàs

1- O aquecedor deve ser instalado em lugar ventilado, deve obrigatoriamente possuir chaminé de exaustão e deve passar por manutenção para a regulagem dos queimadores.

>Fogão a lenha e lareiras

1- O fogão a lenha deve estar em um local arejado;
2- Deve possuir toda a estrutura, principalmente as chaminés;
3- Realizar manutenção na tubulação para se evitar entupimento e superaquecimento. Então, verificar as condições dos canos, o interior do fogão, a presença de fuligens ou corrosão;
4- Não utilizar líquidos inflamáveis para acender, tanto para o fogão a lenha, quanto para as lareiras;
5- Cuidado com as cascas de algumas lenhas que geram faíscas. No caso das lareiras colocar uma grade de proteção evitando que as faíscas tenham contato com tapetes, por exemplo;
6- Manter afastado de cortinas e produtos inflamáveis, muito comum quando localizados nas cozinhas.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1477 de 04 de Maio de 2017.

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