Epagri emite nota técnica sobre efeitos da falta de chuva na agricultura em SC

A Epagri emitiu nota técnica com análise detalhada sobre a estiagem que atinge o Estado, com os possíveis prejuízos na agricultura divididos por regiões e por culturas. O documento foi redigido conjuntamente pelos técnicos do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola(Epagri/Cepa) e do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epágri/Ciram)

Conforme a nota, desde o dia 23 de agosto não chove regularmente no estado de Santa Catarina. As precipitações para o mês de setembro estão abaixo da média climatológica em todas as regiões do Estado. A situação agravou-se ainda mais com o baixo volume de chuva verificado no mês de agosto nas regiões do Litoral Norte, Litoral Sul, Meio Oeste, Planalto Sul e Vale do Itajaí.

De acordo com o monitoramento dos níveis dos rios em Santa Catarina, existem 22 estações hidrológicas nas quais o regime hídrico se apresenta abaixo da normalidade. Esta situação de estiagem em algumas regiões de Santa Catarina é decorrente do baixo índice de pluviométrico em setembro de 2017. A região do Litoral Sul foi a que mais teve chuva no estado, cerca de 31,8mm na média, seguida da região do Extremo Oeste com 29,6 mm. A região que menos choveu neste mês de setembro foi o Meio Oeste de Santa Catarina, com uma média de 1mm, seguida da região Florianópolis Litorânea com 1,3mm. A média histórica em Santa Catarina varia entre 159 a 251mm, portanto em algumas regiões não choveu nem 10% dos valores médios históricos.

 

No Meio Oeste, que compreende nesta análise o município de Campos Novos, entre outros, a análise feita pela nota técnica inclui os efeitos no trigo, milho, soja, fumo e feijão.

Trigo: safra comprometida desde a sua implantação. Seguramente haverá uma redução na produção entre 30% e 60% do volume estimado inicialmente. Isso deve-se sobretudo à estiagem de momento mas precisamos lembrar que inicialmente as lavouras foram estabelecidas no final de junho, depois de um período de muita chuva, enfrentaram uma estiagem, depois chuvas por três semanas e agora esta estiagem de mais de 30 dias. Muitos produtores sequer conseguiram fazer os tratos culturais necessários, como adubação nitrogenada.

Fumo: plantio sendo retardado por falta de umidade mínima no solo.

Feijão e soja: plantio recomendado a partir de 10 de outubro. Até o momento sem problemas.

Milho: a recomendação do zoneamento agrícola é para plantio a partir de 10 de setembro. Muitos produtores, confiando nas previsões do tempo e visando fazer uma segunda safra, plantaram e agora estão avaliando o que fazer com estas áreas. Deverá haver nesta condição cerca de 3000 mil hectares na região.

Outra consequência da baixa frequência de chuva e outros fatores ambientais, está a vegetação ressecada, por exemplo, aumentando os riscos de incêndio.

A íntegra da nota técnica por região pode ser acessada no site do Ciram/Epagri, o www.ciram.epagri.sc.gov.br.

 

 

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