O enriquecimento ambiental significa acrescentar um ou mais objetos no local onde o felino vive, o que favorece o seu bem estar físico e psicológico.
Os gatos que vivem em apartamentos ou casas teladas estão mais protegidos dos perigos enfrentados nas ruas e das doenças contagiosas, porém são os que mais necessitam de enriquecimento ambiental.
Muitos proprietários relatam que seu gato está miando excessivamente, urinando em local inapropriado, arranhando os móveis da casa, pedindo para sair e brigando com outros gatos. Esses sinais podem ser alterações de comportamento devido ao ambiente inadequado em que está vivendo.
Resolver este problema pode ser mais fácil do que se imagina, basta entender mais qual é o comportamento normal da espécie.
Felinos são caçadores por natureza, até mesmo quando não estão buscando alimentos. Então devemos estimular nossos gatos com brinquedos que simulem uma caça.
Alguns brinquedos permitem que a ração seja escondida, assim o gato precisa se esforçar para conseguir comer. Esta é uma ótima opção para gatos que precisam perder peso.
Os gatos também têm a necessidade de afiar suas unhas. Se o animal não tiver um arranhador, é bem provável que procure um móvel da casa para fazer isso.
Outro hábito do felino é gostar de lugares altos e tocas. Pode-se colocar a comida e a cama em lugares altos ou até mesmo instalar prateleiras, assim vai se exercitar e ficar mais seguro observando tudo lá de cima. Os esconderijos podem ser feitos com caminhas, arranhadores ou uma simples caixas de papelão.
Para promover o enriquecimento sensorial do gato, pode-se usar as imagens de uma televisão ligada, de jogos de celular ou uma janela (telada) que o felino possa ver o movimento de forma segura.
A erva catnip (erva do gato) que está presente em muitos brinquedos de gatos é um estimulante natural que alivia o stress dos gatos. Por fim, existem várias maneiras de promover o enriquecimento ambiental e nem todas elas envolvem grandes investimentos financeiros, é só usar a criatividade!
Por: Vanessa Barcarolo
Médica Vererinária – CRMV/SC 5411
Veterinária da Clínica Bicho Mania
*Coluna publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1513 de 25 de janeiro de 2018.
