Normas estabelecidas pela Comissão de Controle de Infecção ajudam na prevenção de infecção hospitalar.

Dados da Organização Mundial de Saúde mostra que algumas infecções podem levar a óbito

Quem já passou por uma internação ou teve algum parente ou amigo internado sabe bem que existem restrições hospitalares que ditam o comportameto de pacientes e vistantes. Para muitos essas regras podem não ter sentido, mas elas são importantíssimas para a recuperação da saúde do paciente, pois elas visam impedir que infecções o acometam e prejudique seu quadro. Segundo dados da OMS as manifestações mais graves relacionadas as infecções causam mais óbitos que o câncer e os infartos, diante disso os hospitais contam com um controle rigoroso aonde mesmo os próprios profissionais precisam se adequar as exigências para evitar o surgimento de infecções nos pacientes.

Para minimizar ao máximo os riscos todos hospitais são obrigados desde 1997 a ter uma Comissão de Controle Hospitalar. O Hospital José Athanázio conta com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, bioquímicos e todo o setor administrativo que periodicamente passa por treinamento e recebe orientação sobre os cuidados médicos preventivos. Através de limpeza, desinfecção e análises microbiológicas que ajudam no controle do ar, da água e do meio ambiente é possível reduzir em 99% o número de microorganismos, ações eficazes que melhoram os serviços prestados e promovem a segurança do paciente.

A enfermeira Karla Fabiane Bertelli, que coordena a Comissão de Controle do Hospital José Athanázio garante que o trabalho é sério, pois esses cuidados além de propiciar a qualidade do hospital ainda colaboram com o custeio do hospital, haja vista que o tratamento de infecções são feitos com antibióticos que tem um custo elevado ao hospital.

Para manter esse controle o hospital estabelece regras aos pacientes e visitantes que precisam entender e respeitá-las. Os visitantes precisam obedecer aos horários de visitas e nunca levar (exceto com aprovação médica) comidas feitas em casa, pois poderia causar uma intoxicação no paciente, além de provocar o surgimento de insetos que podem atuar como corredores de bactérias como baratas e formigas. A alimentação fornecida no hospital é prescrita pelo médico e contem todos os nutrientes que ele precisa no momento. Visitas em grupo também são proibidas, grupos de oração que costumam ir aos hospitais, por mais bem intencionados que sejam, precisam entender que a presença de muitas pessoas num ambiente pode acarretar em riscos ao acamado. As gestantes com recém-nascidos e idosos são os mais vulneráveis ao surgimento de infecção e com eles o cuidado deve ser redobrado.

“É nosso dever promover um clima de segurança para receber nossos pacientes e estamos trabalhando diariamente para buscar essa qualidade”, afirma Karla, ao falar sobre os perigos da infecção, alegando que ela pode provocar agravos sérios a saúde, pois até mesmo pessoas que vão ao hospital para procedimentos simples, podem desenvolver uma infecção hospitalar com consequências graves se as medidas de prevenção não forem tomadas. Atualmente o hospital conta com uma lista rigorosa de cuidados que envolvem higienização constante das mãoes, controle de vacinação de funcionários, controle de desratização e dedetização para impedir de vetores no ambiente hospitalar, visitas técnicas e auditorias nos fornecedores externos, principalmente de alimentos para garantir a qualidade de tudo que entra no hospital, entre outras atividades importantes para prevenir as infecções.

Fica claro que todo esse empenho não é em vão, mas faz-se necessário para evitar que os pacientes fiquem por muito tempo no hospital, e sejam impedidos de ter alta médica. O hospital tem feito sua parte para promover esse bem estar, os pacientes e visitantes também devem ter consciência de que as regras não são para restringir, mas para ajudar o paciente e por isso eles devem fazer sua parte por respeitar as regras estabelecidas.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1534 de 21 de Junho de 2018.

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