Primeiro Biobanco de Santa Catarina apresentará pesquisas no maior evento de odontologia do Brasil

Congresso da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica acontece em setembro

O curso de odontologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), participará do Congresso da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SbpqO) que acontece em setembro na cidade de Campinas em São Paulo. O Grupo de Pesquisas em Odontologia Clínica do curso de Odontologia da Unoesc teve oito trabalhos aprovados para serem apresentados no maior e mais importante evento de pesquisas odontológicas do Brasil. A coordenadora Dr. Léa Dallanora comemora o feito, pois a comissão do congresso é exigente e escolhe os melhores trabalhos em pesquisas.

O projeto do Biobanco de dentes será um destes trabalhos, ele é recente e pioneiro em Santa Catarina, mas ainda é pouco divulgado, por isso muitas pessoas não sabem o melhor destino e os benefícios de cederem os dentes que por ventura venham a ser extraídos por indicação terapêutica. Ele foi iniciado em 2011 por iniciativa da Dr. Lea, que após participar de palestra sobre o biobanco de dentes, junto com outras professoras decidiram por em prática o projeto na UNOESC. Antes do Biobanco, os dentes coletados eram utilizados apenas para fins didáticos, agora eles servem para estudos e pesquisas que ajudam a desenvolver novos métodos e meios de melhorar a odontologia.

Os dentes cedidos ao Biobanco são tratados de acordo com os procedimentos operacionais (higienizados, esterilizados e armazenados) e após análise os dentes serão definidos em que categoria se enquadram, se é para pesquisa ou fins didáticos, e se não tiver condições para tais será destinado ao lixo biológico. Atualmente o Biobanco armazena cerca de 15 mil exemplares de dentes. Quando o dente é cedido ao biobanco, o paciente precisa assinar um termo de cessão em que autoriza a utilização nos projetos de pesquisa de mestrado e doutorado.

Estas pesquisas são muito importantes tanto para a classe odontológica quanto para a população que se beneficia por usufruir de novas tecnologias no trato dentário. Através dos estudos será possível desenvolver materiais com tecnologias similares aos dos dentes naturais, e com o tempo será possível, inclusive, a reutilização da coroa dentária natural do paciente. “A odontologia que se fazia há 20 ou 30 anos não é a mesma, muitos materiais e métodos foram renovados e substituídos”, afirma, explicando que antes do biobanco os estudos eram feitos apenas com resina, e agora são testados com resina e o dente natural, aonde serão melhorados técnicas, instrumentos e procedimentos buscando minimizar a dor do paciente.

Os trabalhos e pesquisas desenvolvidas pelo Biobanco, pelo grupo de pesquisa em odontologia clínica e pelo laboratório de pesquisas em conjunto com a empresa Odeme Dental Research (que desenvolve maquinas especificas para testes na odontologia) tem demonstrado a dedicação na busca de evolução no ramo odontológico. O empenho dos professores participantes do grupo de pesquisa e do biobanco, Fábio José Dallanora, Acir José Dirschnabel, Grasielli de Oliveira Ramos, e Bruna De Dea (coordenadora do curso), possibilitou a aprovação de oito trabalhos no Congresso da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1537 de 12 de julho de 2018.

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