Gravidez: Os benefícios do pré-natal para a gestante e para o bebê

Alegrias e responsabilidades: gravidez requer cuidados que não devem ser ignorados

O momento da gravidez é um momento único para muitas mães, até mesmo para aquelas que já não são mães de primeira viagem. Para elas cada gestação é única, cheia de sensações e descobertas. A mamãe Lídia Cardoso que está no sétimo mês de sua segunda gravidez relata que a emoção é muito grande, e que se sente privilegiada por testemunha de perto este milagre. “Meus filhos são presentes para mim. Apesar das dificuldades é bom carregar durante nove meses meu bebe”, diz. O comentário de Lídia reflete o processo que muitas mamães passam, ao mesmo tempo em que pode ser a realização de um sonho é também ser desafiador e requer muitos cuidados.

Os cuidados começam desde o momento em que a mulher descobre a gravidez. Algumas mulheres correm para preparar o quartinho, as roupas, e ficam bobas com tudo que aparece para enfeitar o bebê.

Isso tudo é muito bom, mas os cuidados devem começar internamente com as ações da mamãe em benefício dela e da criança. A enfermeira obstetra Edilsa Cardoso dos Passos, que atua no hospital Dr. José Athanázio, alista um número de ações que devem ser tomadas pela gestante para seja possível ter uma gravidez tranquila e saudável. O primeiro conselho de Edilza é a busca de ajuda promocional por meio do pré-natal, segundo ela, este passo é imprescindível para cuidar e averiguar o crescimento e possíveis problemas que posam acontecer com o bebê e com a mãe. “Descobriu que esta grávida, precisa logo iniciar o pré-natal. No pré-natal são feitos os primeiros exames que vão indicar que vitaminas a mãe precisa para poder alimentar o bebe de forma saudável durante a gestação e são estabelecidos os cuidados para promover o bem estar de mãe e filho”, afirma.

Mais do que um procedimento padrão, o pré-natal ajuda o médico que cuida da gestante a fazer o acompanhamento necessário durante os noves meses de gestação, aonde será possível identificar alterações que possam complicar a gravidez. “É o momento para verificar se a mãe é hipertensa, diabética, anêmica, ou tem alguma outra doença que possa vir a atingir o feto. Através dos exames realizados a gestante saberá se a gravidez é de baixo ou alto risco, se há o descolamento da placenta ou se o bebe apresenta alguma doença. Com o diagnóstico o médico que esta cuidando da grávida poderá indicar o melhor caminho e direciona-la para os procedimentos necessários. No caso de gravidez de alto risco o médico encaminhará para uma referência de alto risco”, explica. As grávidas que não tem plano de saúde poderão fazer este acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), basta ir até uma Unidade de Saúde ou buscar uma agente de saúde e informar sobre a gravidez. É importante é que a mulher faça isso mais rápido possível.

Além do atendimento médico, a gestante deve ser consciente de que ela deve agir de modo responsável durante os nove meses em que ela carregará o bebê no útero. Durante o pré-natal, ele receberá atendimento nutricional que estabelecerá uma alimentação balanceada que devera ser seguida corretamente. Geralmente os profissionais indicam a ingestão de leite e de bastante líquido. Mas a dieta sempre varia de acordo com as necessidades da gestante. Bebidas e cigarro? Nem pensar. Produtos tóxicos fazem mal para as crianças e adultos. Além da alimentação, os médicos também indicam a realização de atividades físicas. Engana-se quem pensa que gravidez é doença e que a mulher está impedida de se exercitar, pelo contrario, é indicado que elas sigam uma rotina de exercícios leves, como uma caminhada ou pilates, que ajudam a evitar o sobrepeso na gravidez, mas devem ser evitados os exageros. Segundo Edilza a obesidade na gravidez pode aumentar o risco de pressão alta, e causar riscos para o bebê. “O ideal é que a mulher aumente cerca de 12kg durante toda a gestação”, ressalta. No entanto, deve-se resguardar a gestante que tem uma gravidez de alto risco, neste caso, o médico irá indicar o melhor comportamento para o sucesso da gestação.

Assim como se deve ter cuidado com os exercícios, priorizando as atividades mais leves e evitando o esforço do útero, as gestantes devem ter um cuidado com as vestimentas, evitando roupas muito apertadas que podem apertar o útero e prejudicar o desenvolvimento do bebê. Para ter mais conforto durante esse período, algumas gestantes optam por evitar saltos altos, pois os mesmo podem também favorecer os riscos de queda. Mas isso é uma decisão que cabe apenas a mulher.

Neste momento, seja a gravidez planejada ou não, as mamães devem agir de forma responsável levando em consideração sua saúde e a saúde do bebe. Para isto é preciso investir tempo e esforço para que a gravidez ocorra da melhor forma possível. No caso de primeira gravidez as mães podem se perguntar: Quando o bebe começa a mexer? Quando posso ver o sexo? Enjoos, azias, mal estar, o que fazer? É normal? São dúvidas que devem ser tiradas nas visitas ao médico.

Chegou a hora: e agora?

Quando procurar o médico? A grávida deve apresentar alguns sintomas: idade gestacional de 40 a 41 semanas, contrações regulares, perca de secreção sanguinolenta ou rompimento da bolsa causando perda de líquido. Se alguns destes sintomas foram apresentados significa que é hora de procurar o médico. Após passar por avaliação e houver a verificação de que chegou o momento do nascimento, a gravida é encaminhada para a maternidade, aonde será decidido se o parto normal ou cesáreo. Se for cesáreo, ela segue para a sala de cesariana, se o parto será normal ela seguirá para a sala de pré-parto. Nesta sala a mãe que está em trabalho de parto, que pode durar de 6 a 48h, recebe assistência dos médicos e também pode contar com a companhia de alguém de sua confiança para ajudar neste momento tão especial. Recentemente a sala de parto foi reformada e hoje oferece as pacientes um ambiente mais confortável para as mães, e dependendo do caso e da decisão do médico, o parto pode ser feito ali mesmo.

Não há motivos para ter medo, quando chega a hora de dar a luz, a gestante terá todo o cuidado e apoio dos médicos, e se o pré-natal tiver sido feito de modo correto os riscos de algo dar errado e ainda menor.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1542 de 16 de agosto de 2018.

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