Caso de raiva bovina em Campos Novos alerta sobre importância de vacinação do animal

Cidasc promoveu reunião para tratar esclarecer e promover ações de controle

Há poucos dias, em uma propriedade no interior de Campos Novos, foi registrada a morte de um animal causada pela raiva bovina. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, após autopsia confirmou que o animal morreu devido a enfermidade. Este ano já ocorreu 32 casos da doença, mas a maioria na região litorânea, nesta região aconteceu um caso em Campos Novos e na cidade de Curitibanos. O município não registrava um caso de raiva há 30 anos.

Apesar de ser um caso isolado, a situação causou preocupação na população. A Cidasc convocou uma reunião para o dia 5 para esclarecer sobre o foco e firmar um pacto de colaboração entre a Prefeitura para as ações de controle do foco, entre essas ações a vacinação do animal é a principal forma de combater a doença.

O veterinário Fábio de Carvalho, responsável pelo Controle da Raiva dos Herbívoros da Cidasc, diz que não ainda não há motivos para pânico, mas que é bom ficar em alerta para evitar novos casos. “Não há motivo para preocupação desde que o rebanho esteja vacinado. É importante notificar a Cidasc quando houver suspeita de algum animal doente, ou quando descobrir animais que forma mordidos por morcegos”, explicou. Os morcegos hematófagos são os principais transmissores do vírus da raiva. Feridas abertas em contato com a saliva infectada, seja por meio de mordida ou por meio da lambida, pode levar o animal não vacinado a ser acometido com a doença.

Diante desta situação, a Cidasc irá atuar de forma ativa para promover ações com o objetivo de evitar que mais animais sejam afetados pelo vírus da raiva. Cabe ao órgão controlar a população do morcego Desmodus rotundus, vistoriar as propriedades no entorno do foco e dar as devidas orientações quanto a obrigatoriedade da vacinação das propriedades próximas ao foco, além de realizar ações em educação sanitária e fomentar a vacinação contra a raiva em Santa Catarina.

Com relação aos donos de propriedades que criam animais, Fábio é enfático em dizer que eles devem ter todo seu rebanho vacinado, principalmente bovinos e equinos. A vacinação contra a raiva é prevista em lei, portanto é obrigação do proprietário manter seu rebanho protegido. Uma das primeiras ações do órgão será o levantamento de dados em que será investigado se existem outros animais com sintomas da doença ou se houve o morte de outros animais com os mesmos sintomas e não houve a notificação do proprietário. Cerca de 600 propriedades em torno do foco farão parte desse levantamento.

Raiva em Humanos

O caso de raiva animal causa bastante preocupação não só entre os produtores e proprietários rurais, mas também em toda a população, haja vista que a raiva é uma doença que pode atingir humanos. Qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus que pode ser transmitido através de ferimentos abertos. É importante que as pessoas tenham devido cuidado, pois até mesmo animais domésticos infectados podem transmitir a diença se não estiverem vacinados. A transmissão pode ocorrer antes de surgirem os primeiros sintomas.

A raiva humana é uma doença viral, progressiva e mortal. O vírus atinge principalmente as células do sistema nervoso que aos poucos vai se multiplicando até se alcançar o cérebro, dai se espalha para as demais partes do corpo humano, provocando um quadro de encefalite.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1558 de 06 de Dezembro de 2018.

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