Você cuida da saúde dos rins? Mês dedicado ao órgão reforça importância de cuidados

Casos de Doenças Renais crônicas tem crescido no Brasil e taxa de mortalidade é de 10% no mundo

Anualmente a maioria das pessoas reserva um tempo para fazer um ‘check up’ para verificar como está a saúde. A lista de exames inclui o coração, o estômago e outros órgãos mas, nem sempre inclui a saúde dos rins. No entanto, é importante relembrar que os rins devem receber a mesma atenção que os demais órgãos em virtude de sua função. Para alertar a população sobre o impacto das doenças renais, a agenda global de saúde reserva o mês de março para marcar o Dia Mundial do Rim que, em 2019, aconteceu em 14 de março. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia cerca de 850 milhões de pessoas no mundo tem uma doença renal decorrente de causas variadas.

A principal e mais conhecida função dos rins é a filtragem de substâncias tóxicas do organismo. Porém, o órgão também é responsável por manter o equilíbrio entres os minerais do organismo, como sódio e potássio, ele regula o pH do sangue, equilibra o volume liquido do corpo, e produz hormônios e substancias benéficas para o organismo como a vitamina D. Contudo, quando o órgão não está indo bem, ele pode não cumprir com sua finalidade e a saúde pode ficar comprometida. Sendo assim é valido manter uma rotina que promova a saúde dos rins. Medidas preventivas são incentivadas pelos médicos, e os rins devem estar incluído nessa prevenção. Mesmo sendo essencial para a vida é difícil encontrar quem esteja atento aos cuidados necessários. E essa falta de cuidado pode levar a consequências: sérios problemas renais, tais como infecções, cálculos e até mesmo a insuficiência renal crônica, que habitualmente, submete o paciente a um transplante do órgão.

Visto que o assunto é sério, os profissionais médicos alertam e incentivam um estilo de vida saudável. O médico Rodrigo Bagatini reforça os bons hábitos de vida que são: prática de atividade físicas regular e alimentação saudável, com baixos níveis de sal e açúcar, assim como é essencial evitar o uso imoderado de bebidas alcoólicas e o uso de do cigarro. Além desses cuidados diários, para verificar e se certificar que a saúde dos rins está em dias é importante também a realização de exames laboratoriais periódicos, como a coleta de sangue para checagem de ureia e creatinina no organismo, coleta de urina com a finalidade de detectar proteínas ou sangue na urina e até mesmo, se preciso, uma ultrassonografia que mostra a morfologia renal, indicando se os rins apresentam mudanças em seu formato regular.

A doença renal crônica é um dos problemas que tem afetado muitos brasileiros, numa linguagem simples, podemos dizer que a doença é a perda da capacidade do órgão em realizar suas funções. “É uma lesão renal com posterior disfunção dos rins, aonde o mesmo não funcionará adequadamente, prejudicando a filtração do sangue, depuração e eliminação das substancias nocivas ao organismo”, explica Dr. Rodrigo. Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, entre 2000 e 2016, no Brasil aumentou quase 200% de pacientes renais que precisam de diálise, de 42 mil para 122 mil pessoas. A Doença Renal Crônica (DRC) possui uma taxa crescente de mortalidade que atinge 10% da população mundial e na maior parte das vezes é silenciosa no início, mas pode apresentar alguns sintomas como: fadiga, sonolência, coceira, náusea, dormência de mãos, pés, mau hálito e alteração de apetite. Além disso, a diminuição na quantidade e frequência de urina podem ocorrer.

A incidência da doença renal crônica é mais comum em alguns grupos de pessoas. Indivíduos com diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, obesidade e doenças cardiovasculares devem redobrar os cuidados com o rim, lembrando que a insuficiência renal crônica pode atingir pessoas de qualquer idade. “As doenças que mais se destacam são a diabetes e a hipertensão. Além do uso excessivo de analgésico, doença de nefropatia por refluxo”, atesta o médico. Nestes casos, recomenda-se que pessoas com diabetes e hipertensão realizem um monitoramento constantemente. O paciente que apresenta a doença enfrenta muitas dificuldades e precisa se submeter a tratamentos que podem incluir o uso de medicamentos, a diálise, nos formatos peritoneais e hemodiálise, e em alguns casos, ele pode ser submetido a um transplante de rim.

Projeto para o município

No município de Campos Novos existem cerca de 11 pacientes que são portadores da Doença Renal Crônica, e além de lidar com as dificuldades decorrentes do problema, elas ainda precisam se deslocar para a cidade de Luzerna, pois em Campos Novos não há clínica especializada em hemodiálise. Alguns pacientes fazem o tratamento de duas a quaro vezes por semana, e alguns precisam fazer esse percurso todos os dias. Pensando em minimizar as dificuldades destes pacientes, o vereador Marciano Dalmolin sugeriu a criação de uma Clínica de Hemodiálise no município. “Eles saem pela manhã e voltam a noite, e a estrada para a cidade é bem ruim. Vendo a realidade dos pacientes sua ideia é trazer uma clínica para o município”, declarou o vereador.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1570 de 21 de março de 2019.

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