É na fase da infância que as crianças aprendem seus principais valores e princípios, e é bem provável que ela cresça praticando tudo que lhe foi ensinado. Ao atingir a fase adulta é possível que se aprenda novos conceitos, porém a prática não será imediata, a adaptação levará um tempo. É como alguém que a vida toda se alimentou mal, ao decidir mudar de hábitos, não será da noite para o dia que desejará comer salada.
O que isso quer dizer? Os ensinamentos da infância, geralmente, fazem com que elas ajam de forma natural e espontânea. O que se aprende na fase adulta, leva-se tempo para absorver. Ou seja, a criança que aprende desde cedo sobre questões ambientais, como jogar lixo na rua, provavelmente será um adulto consciente, que vai zelar pelo meio ambiente. Do contrário, serão em passos lentos que os atos se tornarão hábitos.
Pela quantidade de lixo descartado indiscriminadamente é possível perceber que a cultura e a educação ambiental não é um ensinamento dado na tenra idade, nem em palavras e nem em ação. E como algumas crianças são como reflexos, a probidade é que elas repliquem o comportamento dos pais.
Já que não é possível ter a educação ambiental praticada de forma natural, que aos poucos as pessoas possam se reeducar e buscar uma nova conscientização. A causa é urgente. O desrespeito à natureza tem consequências que afetam a Terra e a população de inúmeras formas. Falar sobre isso renderia muitas páginas. Mas saber que as consequências são péssimas, já é motivo suficiente para fazer diferente.
Jogou lixo no chão? Dê meia volta e jogue na lixeira. Se não tiver nenhuma por perto, guarde até achar um local apropriado para o descarte. Costumes ruins não podem se perpetuar. Mas, uma lição de cada vez. Quando as pessoas aprenderem este simples fato de jogar o lixo na lixeira, daí será possível passar para a lição seguinte: a seleção do lixo. Por enquanto é só.
Por: Priscila Nascimento
Jornalista
*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1582 de 13 de junho de 2019.
