Alzheimer: o que essa doença faz com a memória?

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É possível prevenir? Como tratar? MS explica sobre a doença que acomete os idosos.

Com o avanço da idade os idosos ficam vulneráveis a inúmeras doenças, uma delas é o Mal de Alzheimer. O principal sintoma de uma pessoa que apresenta a doença é a perda de memória e desorientação mental. Afinal o que esta doença faz ao cérebro e porque deteriora as memórias? A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A prevalência da doença de Alzheimer é muito alta após os 85 anos. A partir dos 65, o risco duplica a cada cinco anos. Existem casos mais raros em pessoas na faixa dos 50 anos. O risco também é maior em pessoas que têm Síndrome de Down, com histórico familiar da doença e em mulheres.

A doença de Alzheimer tem causa desconhecida, mas é possível que fatores genéticos contribuam para a condição. Muito pouco se pode fazer pelo paciente para reverter a doença, no máximo é possível cuidar para que ele possa ter qualidade de vida ao lidar com a doença que passará por vários estágios. A doença de Alzheimer evolui de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em três estágios. Na fase inicial o paciente apresenta alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; na fase moderada ele tem dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos e também agitação e insônia; na ultima fase, ele apresentará resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, e deficiência motora progressiva.

O Ministério da Saúde esclarece o funcionamento da doença e os cuidados disponíveis no trato das pessoas. Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada por exame do tecido cerebral obtido por biópsia ou na autópsia após a morte. O diagnóstico do paciente é feito após a análise do histórico pessoal e familiar, e através de testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças mentais. Devido a falta de memória o paciente acaba repetindo varias vezes as mesmas sentenças, tem dificuldade de acompanhar conversas, tem dificuldades para encontrar caminhos desconhecidos, irritabilidade, e agressividade. Quanto mais cedo houver o diagnóstico melhor será o tratamento para retardar a progressão da doença. Medicamentos estão sendo estudos com a expectativa de controlar a doença, mas a cura ainda não foi descoberta.

O Sistema Único de Saúde (SUS), através dos centros de referência, oferece tratamento gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Apesar da causa ainda ser desconhecida, é possível minimizar os riscos do surgimento da doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha a pratica de atividades físicas regulares, alimentação equilibrada, o controle da pressão arterial e o nível de açúcar no sangue, assim como evitar o uso do cigarro.

Ter alguém da família que tenha a doença é uma situação delicada que requer cuidados e atenção. Assim como uma criança a pessoa com Alzheimer precisa ser constantemente assistida pelos familiares ou por um cuidador. Médicos dão dicas que poderão ser úteis com quem convive com um portador da doença:

• Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra;
• Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV etc.);
• Simplificar a rotina do dia a dia;
• Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos;
• Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades;
• Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental;
• Estimular o convívio familiar e social do doente;

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1615 de 27 de Fevereiro de 2020.

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