Atendimento não presencial: Na pandemia o método é opção para a prevenção

A Telemedicina ainda não é praticada no município, mas o primeiro atendimento por telefone já está sendo feito.

A prevenção sempre foi defendida pela classe médica, com a pandemia da Covid-19, esta palavra foi ainda mais incentivada para impedir o contágio da população. Na linha de frente no combate ao vírus, profissionais de saúde também precisam se proteger. Por se tratar de uma doença ainda em estudo, todo cuidado é pouco, por isso alguns atendimentos estão sendo feitos a distância. O Ministério da Saúde reconheceu o uso da telemedicina em virtude da pandemia para evitar que pacientes infectados espalhassem o vírus, e em muitos estados o método vem sendo aplicado. Em Campos Novos o sistema ainda não funciona, até porque o número de casos ainda é pequeno, mas o atendimento não presencial é uma realidade e está sendo feito através do ‘Coronafone’, telefone disponibilizado pela Secretaria de Saúde do município para notificar casos suspeitos. Por telefone o paciente fala com o enfermeiro que presta o primeiro atendimento. Na conversa se o profissional observar que o paciente está com algum problema que não possa ser resolvido em casa será agendada uma consulta presencial com o médico.

O enfermeiro Kleber Siqueira, que atua fazendo o primeiro atendimento, explica como é feito a ligação. Antes de falar sobre os sintomas clínicos, o paciente responde se fez alguma viagem recente, ou se esteve em contato com alguém de fora do município, em seguida ele relata os sintomas que está apresentando. O técnico em enfermagem vai atentar para os sintomas de febre, dor no corpo, tosse, com ou sem catarro, dificuldade para respirar, diarréia, dor de garganta e coriza. Com dois ou mais sintomas destes o paciente ficará em monitoramento, mas ele deverá passar por consulta médica presencial para que seja feita uma avaliação com o próprio médico evitando assim uma prática já identificada pela secretaria que é o uso de má fé para conseguir atestados médicos para não ir ao trabalho. A consulta presencial é agendada com um horário especifico e a equipe irá se preparar com as Epi’s para recebe-lo na unidade.

Ainda de acordo com Kleber, foram muitas ligações recebidas e muitos atendimentos não presenciais realizados. Até o momento são contabilizados 340 pacientes entre monitorados e com atendimento finalizado. O atendimento por telefone funciona como uma forma de fazer uma triagem e análise dos sintomas citados pelo paciente. Se enquadra como um caso suspeito aqueles que apresentam dois ou mais dos sintomas acima citados. O paciente ficará em monitoramento por alguns dias, e se não houver melhora dos sintomas a equipe da Vigilância Epidemiológica será acionada e deverá avaliar e decidir se o paciente fará o teste para confirmar a Covid-19. O Coronafone continua disponível para a população.

Testagem para Covid-19

Para diagnosticar a Covid-19 podem ser realizados dois tipos de exames: o que é feito com a análise de secreção da nasofaringe ou pela análise de amostra de sangue, sendo este último o método de testagem rápida, que atesta um reagente do vírus em cerca de 10 a 30 minutos. Sobre os testes rápidos, foram enviados pelo MS cerca de 120 testagens ao município, mas foi licitada a compra de mais testes para serem utilizados conforme a necessidade.

No município os casos estão controlados, houve a notificação de três casos, sendo que um já está curado da doença. Para manter a prevenção a solicitação dos órgãos de saúde do estado e do município é de que haja a manutenção das medidas preventivas, pois são essenciais para evitar o contágio. Kleber ressalta que as medidas protetivas adotadas precocemente, logo no início da pandemia, foram fundamentais para enfraquecer a cadeia de transmissão do vírus. Portanto o profissional reafirma a importância de prevenção, destacando a higienização das mãos e o uso de máscara, que teve seu uso determinado por decreto, sendo obrigatório para todo cidadão camponovense. “No estado temos mil recuperados e um número de óbitos baixo em comparação com outros estados. Bons hábitos de higiene são capazes de nos proteger de muitas doenças. Basta a população se conscientizar”, concluiu o enfermeiro.

*Reportagem publicada no jornal ‘O Celeiro’, Edição 1628 de 28 de Maio de 2020.

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