Conforme o decreto nº 724 do Governo Estado emitido em 17 de julho, as aulas presenciais em Santa Catarina seguem suspensas pelo menos até o dia 7 de setembro. Porém, com o atual estágio da pandemia do Covid-19, que vem numa crescente de casos positivados e óbitos, a retomada da educação fica cada vez mais distante. A constatação é da assessora de Educação da FECAM, Gilmara da Silva.
Ela inclusive aponta uma série de preocupações que cercam a volta às aulas nos municípios, especialmente espaços físicos deteriorados pela passagem do “ciclone bomba”, e principalmente pela ausência de leitos Covid e UTIs para atender eventual aumento de casos entre crianças.
Gilmara também destaca a queda dos recursos do FUNDEB e alerta sobre a dificuldade dos Prefeitos, pois a Educação não é considerada essencial e haveria dificuldades de repor professores caso contaminados pelo Covid-19.
Nos últimos meses um grupo formado por entidades, Secretarias de Educação e Ministério Público, elaborou um conjunto de regras para garantir a segurança dos alunos no retorno das aulas. Gilmara comenta que a FECAM colaborou com a discussão e elaboração do documento, uma espécie de protocolo, com diretrizes que envolvem condições sanitárias, pedagógicas, gestão de pessoas, transporte e alimentação.
O documento divulgado nesta semana pelo Governo do Estado tem o objetivo de auxiliar os prefeitos e Secretarias de Educação visando a preparação do retorno com a devida capacitação dos funcionários, e aquisição dos equipamentos necessários (EPIs) quando a Saúde manifestar condições para o retorno das aulas.
Gilmara ainda informa que para a FECAM as aulas presenciais deverão ser feitas de forma gradativa priorizando os Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.
Entre as regras estão:
- Uso de máscaras descartáveis pelos professores, devendo ser trocadas no fim da aula;
- Alunos, trabalhadores e demais podem usar a de tecido, com troca a cada duas horas;
- Será feita a medição da temperatura corporal na entrada da escola. Quem apontar mais de 37,8°C não poderá entrar;
- Atividades esportivas, como futebol e vôlei serão suspensas;
- Condutores e monitores que trabalham com o trasporte escolar deverão usar máscara e “face shield”. Eles também terão que verificar a temperatura dos alunos;
- As escolas terão que substituir o bufê por porções individualizadas;
- Os horários das refeições, bem como entrada e saída dos alunos serão alternadas;
- Mesas e cadeiras no refeitório terão distanciamento.
*INFO: FECAM
Acho de uma Irresponsabilidade Imensa fazer as crianças , adolescentes e Adultos
Irem ter aulas pois a situação que estava ruim picou pior e agora está CATASTRÓFICA
Falo isso como pai tenho duas crianças na escola e agora com todo esse contágio querem por eles na escola??? Muita loucura ! Terá outros anos que recuperarão esse tempo perdido (mais muito importante)!
Volta as aulas esse ano é suicídio. Esperamos que os governantes não sejam tão irresponsáveis a esse ponto.
Desespero!
Essa é a palavra que cerca esse retorno. Desespero do governo em perceber que a atividade remota é inviável porque não garante a educação para “todos” como manda a constituição. E no Desespero… Provoca-se um genocídio?
Prezados, vocês já participaram do dia a dia de uma unidade de ensino?
Já conviveram ou lembram como era sua escola ?
Distanciamento social? Jesus ! Escola é local de socialização. Jovens ficam perto, se abraçam, falam, gesticulam, trocam coisas, beijam na boca ( não na escola mas nós arredores dela) e sabemos que no seu dia a dia eles saem, se encontram, convivem, não fazem o procedimento de higiene se não imposto . Crianças? Nem se comento. Tudo é compartilhado, banheiro,professora, brinquedo, pega pega, material, eles vivem juntos. Fora que você tem de lembrar a criança até de fazer xixi. Pensa no caos com a protocolo ?
E nesse meio está os profissionais da educação que mesmo sendo adulto estará no contato direto. Na sala de aula. Difícil né lembrar a todo momento que você tem que ficar a pelo menos um metro meio longe do aluno. Fora o desgaste emocional de se sentir indo para a sala de gás com seus alunos a cada batida do sinal. Fora o desgaste emocional pelo medo de levar pra suas casa ( aí são todos os envolvidos) a doença a seus familiares.
Fora a falta de infraestrutura. Que eu poderia listar mil situações. Mas todos já devem imaginar.
Enfim meus queridos…. Repensem … Talvez o estado deve-se investir na inclusão digital … No acesso a internet aos alunos e assim garantir um ensino remoto a todos e em segurança com pareceria a rede de telefonia como fez com a Google ao aderir a plataforma Google classrom.
Do que mandar 10.000 pessoas aos campos de concentração biológicos que as escolas irão se transformar.
Meu apelo como mãe e como Professora!