Os três lados da história

Há sempre mais de uma versão sobre os fatos. Às vezes, são duas versões: a verdade e a mentira, o certo e o errado. Outras vezes são três versões: a da ‘vítima, a do ‘algoz’, e, por fim, a versão verdadeira. Mas podemos ir além, existe também a versão que faz parte da interpretação dos que ouvem. Quando os fatos ocorrem dificilmente haverá um lado com 100% de aceitação e entendimento, e daí surgem muitas versões e lados.

A dinâmica dos fatos acontece como a brincadeira do Telefone sem fio ou Telefone estragado. A brincadeira consiste em falar alguma palavra ou frase no ouvido da pessoa ao lado até que percorra todos os participantes. Ao final nem sempre a frase é dita de forma correta pelo último participante. Na vida real isso acontece muitas vezes. Ouve-se uma história, mas espalha-se outra. Essa situação nos faz julgar sem saber todos os fatos e, consequentemente julga-se de forma errônea.

Neste caso, a intenção deste editorial é incentivar as pessoas a buscar os lados, não espalhar o que não se tem certeza e não formar opinião com base em informações incompletas ou com base em achismos.

Os veículos de comunicação têm a responsabilidade ainda maior de ouvir todos os lados. Levamos notícias para a população e jamais devemos induzi-las ao erro. Temos o compromisso de levar os lados de quem acusou e de quem é acusado. Com base nisso cada um chegará a sua própria conclusão. Não cabe aos jornais fazer isso pelo cidadão.

Em meio a tantas versões de fatos diversos, devemos tomar cuidado com as notícias e informações que nos alcança. Informe-se através de meios que se pautam pela imparcialidade, verdade e boa apuração. Leia. Obtenha conhecimento e evite difundir versões irreais da realidade. Só assim evitaremos ser enganados e tomaremos o lado certo da história.

Por: Priscila Nascimento, Jornalista

*Editorial publicado no jornal 'O Celeiro', Edição 1672 de 08 de abril de 2021.

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