Poder SC – 043 – Nova Reforma

O governo de Santa Catarina já anunciou que fará uma pequena reforma administrativa em 2021, e até adiantou alguns pontos. As mudanças previstas até aqui podem ser vistas de duas maneiras: uma é a consolidação do modelo de gestão do governador Carlos Moisés da Silva e outra é uma correção de rumos para o que deu errado. Na primeira reforma, em 2019, Moisés extinguiu as antigas ADRs, mas demorou a colocar algo efetivo em seu lugar: o Executivo criou uma Central de Atendimento aos Municípios, mas que ficou sob o teto da Casa Civil, assim como a Comunicação. A Casa Civil ficou inchada e muito poderosa com essas duas áreas e mais as tradicionais funções, mas o governo não sinaliza uma correção de rumos. Já para o controle interno, há a proposta de fusão de duas estruturas dedicadas à promoção de boas práticas, mudança inevitável após o escândalo dos respiradores, que revelou a fraqueza dessas instituições. Outra alteração que deve entrar na reforma é a extinção da SC-Parcerias, que não apresentou – nem apresenta – resultados interessantes para o Estado. O setor de atração de investimentos da SCPar deve ir para a Fazenda, e não para o Desenvolvimento Econômico, como seria natural. A definição para a nova estrutura do governo muda a cara do Executivo, mas mantém a ideia de que há secretarias de “série A” e outros de “série B”.

BOLSONARO SINALIZA

A filiação do senador Flávio Bolsonaro ao Patriota abre as portas para a entrada do pai, Jair, que ainda não anunciou por qual partido concorrerá à releição em 2022. Uma possível escolha pelo Patriota mostra o que Bolsonaro pai quer: um partido pequeno para que possa ter controle sobre as ações do diretório nacional e estadual, coisa que não teve no PSL. Durante 2020 e 2021 houve a sinalização de que o presidente poderia ingressar no Progressistas ou no PL, mas são siglas em que há muitos caciques: um entrave ao bolsonarismo. A acompanhar como será a movimentação dos bolsonaristas do Estado.

KENNEDY Nunes, deputado pelo PSD, fechou o acordo para concorrer ao Senado pelo PTB, com apoio de Bolsonaro. Para os pessedistas pouco muda, já que Kennedy sempre teve as pautas próprias à frente da sigla. Bolsonaro quer mais apoio no Senado para evitar cenas como a da CPI da Covid.

*Coluna ‘Poder SC’, publicada no jornal ‘O Celeiro’, Edição 1679 de 03 de junho de 2021.

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