Estação fria exige cuidados redobrados para evitar incêndios

Esta época do ano é o período em que os bombeiros mais trabalham

O frio quando está em sem auge chega a causar dores físicas. As regiões de serra como a que nos encontramos costumam registrar as temperaturas mais frias do estado trazendo um desconforto tão grande que o que as pessoas mais querem é buscar o mais rápido possível abrigo e meios de minimizar a sensação de frio. Neste momento é preciso muito cuidado com o modo em que vamos agir, e responsabilidade também deve ser lavada em conta para que a fuga do frio não se transforme em tragédias. O sargento Joanir da Silva do Corpo de Bombeiros de Campos Novos diz que neste período acontecem muitos acidentes que poderiam ser evitados com um pouco mais de prudência e deu alguns conselhos que poderão ajudar na hora da briga contra o frio.

Recentemente aconteceram dois acidentes que chamaram a atenção e servem de alerta, o primeiro deles foi a queima total de uma casa e o segundo foi a asfixia de três pessoas que atearam fogo em um tambor para reduzir a friagem e acabaram sendo encontradas inconscientes pelos bombeiros de Campos Novos. Esses tipos de incidentes são bem comuns, mas podem ser minimizados.
O sargento pontua um número de quesitos que devem ser levados em consideração para promover a segurança das famílias. Em busca de aquecimento muitas pessoas fazem uso de chuveiro elétrico e de aquecedores. Outras já preferem métodos tradicionais como o uso de lareiras e fogão a lenha. Estes são métodos eficazes para suportar o frio, mas precisam ser utilizados de modo a não prejudicarem a saúde de ninguém. O uso insciente pode provocar incêndios ou intoxicação.

Quanto aos meios mais tradicionais, o sargento alerta quanto a manutenção das chaminés, que ficam paradas durante o verão, sendo reutilizadas no inverno. “Sem uso no verão, a chaminé fica cheia de fuligem, quando ela volta a ser usado no inverno, essa fuligem pode superaquecer a chaminé provocando um incêndio”, diz. Para a utilização segura do fogão a lenha o correto é não colocar lenha que seja maior que o espaço do fogão impedindo o fechamento. Joanir diz que em alguns casos algumas pessoas até usam cadeiras para sustentar a madeira que fica para fora, trazendo um grande risco de incêndio, pois a madeira que esta queimando pode lançar para fora chamas que em contato com o chão, principalmente de madeira, podem ser perigosos.

No que diz respeito a parte elétrica, envolvendo os aquecedores e chuveiros, o aconselhado é não sobrecarregar as tomadas, o uso de extensões que agrupam várias tomadas em uma, quando carregados de muitos aparelhos ligados podem ficar superaquecidas gerando um curto causando perda do aparelho e, ás vezes, acidentes maiores. O mais indicado é plugar um aparelho por tomada e assim que usa-lo retirar da tomada.

Um alerta importante é evitar meios de aquecimentos ‘caseiros’. “Meios caseiros, como álcool num tambor, para aquecer não é correto”, reforça Joanir, explicando que foi o motivo de asfixia de três pessoas que foram atendidas semana passada pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o sargento eles usaram um tambor e fecharam o ambiente, eliminando o oxigênio e aumentando o fluxo de monóxido de carbono causando asfixia e intoxicação, podendo ter levado até a morte deles, mas felizmente no local havia uma passagem de ar que possibilitou que as três pessoas apenas ficassem inconscientes.

Outro caso de risco, segundo o sargento, são as instalações de energia inapropriadas que são realizadas em algumas residências, os famosos ‘gatos’ que são ligações elétricas de várias casas em uma só residência. São muitos os fatores de riscos no inverno, o número de queimaduras também aumenta, principalmente em crianças e idosos que se aproximam dos fogões ligados, ou acabam se queimando com líquidos quentes como café e água que geralmente são ingeridos para promover o aquecimento, complementa Joanir.

Acidentes são inevitáveis, mas com responsabilidade e prudência é possível colaborar com o bem de todos. Incêndios acarretam em perdas matérias, como a perda total de uma moradia, de um automóvel, e demais bens, mas também apresentam um grande risco a vida, tanto de seres humanos quanto de animais domésticos. Uma pequena chama quando se alastra pode causar muitos danos.

Enquanto cidadão faça seu melhor para promover um ambiente seguro para a sua família e vizinhos.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1533 de 14 de junho de 2018.

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