Pense bem…

Faz algum tempo que o Brasil vem passando por um momento de crise que expõe parte de sua corrupção e já ganhou até mesmo a mídia internacional. Toda essa situação tem levado os políticos a perderem o crédito diante dos eleitores. No entanto, algumas considerações podem ser feitas para avaliar o cenário atual e tentar entender porque esta situação acontece, e se de fato, são apenas os políticos que tornam grandiosa a corrupção no país.

A nação é o reflexo de seus políticos, ou os políticos são o reflexo de sua nação? Existe um provérbio bíblico que diz que quem é fiel no mínimo é também fiel no muito. Fazendo uma análise deste provérbio e aplicando a nossa realidade, talvez nos deparemos com uma triste constatação. Será que exigimos o que não fazemos? Será que somos exemplos e evitamos o mais simples tipo de corrupção, ou será que o termo corrupção se aplica aos gestores que desviam milhões e milhões em dinheiro?

Segundo o dicionário a palavra corrupção significa depravação, suborno, alteração ou sedução, é um termo amplo que se aplica a qualquer tipo de ação ou pessoa, e não se limita apenas as ações políticas. Ou seja, todos nós somos corruptos em potencial. O historiador Leandro Karnal certa vez disse que “não existe governo corrupto em uma nação ética, a corrupção é um mal social, é um mal coletivo e não apenas do governo”. Essa sentença parece fazer muito sentido. Vemos a corrupção no dia a dia, no trânsito, na escola. Se você fatura mais do que pode, seu contador dá um ‘jeitinho’ de mudar seu faturamento. Se o aluno perdeu aula, rápido se consegue um atestado para ele ‘provar’ que estava doente. Se não passou na prova de direção, na próxima seu orientador te diz que se você pagar, na próxima vez a carteira está garantida. Usamos parentes e amigos para conseguir vantagens… a lista é infindável.

Dia 7 de outubro todos os brasileiros estão convocados para irem aos colégios eleitorais realizar seu voto. Mais do que uma mudança de candidatos, talvez seja preciso uma mudança interna de valores refletidos em nossas ações diárias.

Por: Priscila Nascimento
Jornalista

*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1533 de 14 de junho de 2018.

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