Obrigações eleitorais, segurança, irregularidades e denúncias foram alguns dos temas levantados na live do jornal ‘O Celeiro’.
O chefe do Cartório Eleitoral da 7° Zona Eleitoral, Guilherme Delbem, participou de uma live promovida pelo Jornal O Celeiro para falar sobre o processo eleitoral que ocorrerá no dia 15 deste mês em todo o Brasil. Os preparativos técnicos para o pleito em Campos Novos e região estão em dia e tudo deverá ocorrer como o previsto. O município já recebeu as urnas eletrônicas e os eleitores só precisam esperar a data marcada para cumprir com seu dever eleitoral. Porém, devido à pandemia o processo ocorrerá de forma diferenciada e com o rigor sanitário redobrado. “Não podemos descuidar da questão sanitária. Nós contamos com a conscientização do eleitor para a prevenção”, destacou Guilherme. Confira alguns ponto considerados no bate papo.
- Treinamento dos mesários: “Para nós é importantíssima a segurança do mesário e foi traçada uma estratégia sanitária para evitar ao máximo o contato do mesário com as pessoas e com os objetos. Ele estará protegido, serão fornecidos máscara face shield e álcool em gel para cada mesário. O treinamento foi realizado a distância em todo o Brasil. Em Campos Novos alguns ficaram em dúvidas e receosos e faremos e uma reunião virtual para tirar as dúvidas finais. Nosso mesário está qualificado e comprometido”.
- Quem é obrigado a votar: “Maior de 18 anos e menores de 70 anos. Quem está nesta faixa é obrigada a votar ou justificar no dia da eleição. No caso daqueles que no dia da eleição não se apresentarem terão até 60 dias para justificar sua ausência. Abaixo de 18 e acima de 60 o voto é facultativo”.
- Horários de votação: “De 7h às 17h. O horário de 7h às 10h foi programado preferencial para idosos, porém, caso não possam ou não queiram ir a essa hora, eles poderão votar em qualquer horário. Este ano a eleição inicia uma hora mais cedo para diminuir o contato dos idosos com outras pessoas, mas não é proibido eles irem a tarde”.
- Segurança do eleitor: “A recomendação é de que cada eleitor leve sua própria caneta e que ele não solicite o comprovante de votação. Em caso de filas eles devem se distanciar um dos outros. A identificação pode ser por documento oficial com foto. A urna será higienizada de tempos em tempos”.
- Locais e sessões eleitorais: “Em Campos Novos, Brunópolis e Vargem não houve alteração de local por enquanto. A ressalva que fazemos é caso aconteça um evento climático, como um ciclone ou granizo, mas a população será informada por meio da imprensa”.
- Ferramentas Eletrônicas disponíveis: “No início do ano o eleitor estava emitindo o título, transferindo e regularizando sua situação eleitoral. Até o dia 16 de março foi realizado o atendimento presencial. Desde então tivemos que desenvolver ferramentas eletrônicas de acesso e o leitor também não estava habituado a este tipo de atendimento. Com a pandemia muitos não puderam fazer o que queriam em tempo hábil. Temos o aplicativo ‘E-titulo’, que permite que o eleitor tenha o Título Eleitoral digital. No aplicativo você tira a certidão de quitação eleitoral para comprovar o voto, e através dele é possível justificar se você estiver fora do município”.
- Denúncia de irregularidades: “O canal para denunciar é o Ministério Público. Mas temos que tomar cuidado com a falta de qualidade nas denuncias. É preciso provas como foto e vídeo. Ninguém pode ser processado sem evidências. Temos o aplicativo Pardal para denúncia de propaganda irregular”.
- Comunicando sua escolha: “A manifestação tem que ser individual e silenciosa. Não podem promover aglomeração. Se o eleitor individualmente quiser expressar seu favoritismo através de camisetas, bonés, bandana, bandeira pintura facial ele poderá fazer livremente”.
‘Seu voto tem poder’
Na final da live Guilherme fez uma reflexão a cerca do tema das Eleições 2020: ‘Seu Voto tem Poder’. Ele expressou sua opinião sobre o significado desta frase. “As pessoas lutaram para que hoje você tivesse o direito de votar. Pessoas com deficiência, como cegos e surdos fazem questão de votar. A gente precisa refletir sobre a luta para conquistar esse direito. O TSE tem uma campanha provocativa para chamar a atenção das pessoas”, concluiu.
*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1651 de 05 de novembro d