Não sou jornalista, comecei no âmbito da imprensa, em 2009, como vendedor de anúncios e assinaturas do Jornal O Celeiro, após aprendi a ‘Diagramar’, fazer o jornal, montar, noções de publicidade e design.
Nesse período pensei em fazer jornalismo, cheguei até a me inscrever, mas desisti. Muito pela questão de que no Brasil, não se exige o ‘Canudo’, formação em Jornalismo, para atuar em veículos de comunicação.
Até hoje acho lamentável para o jornalismo no Brasil não ter essa exigência, mesmo assim, os jornalistas tanto formados como autodidatas, aprendem, dia pós dia, a profissão, lutando por dias melhores.
Respeito muito essa profissão, que tem um PODER, gigante na mídia, produção de notícias, reportagens e conteúdo.
Atualmente quando conquistamos o Prêmio Adjori de Jornalismo, o assunto voltou a minha cabeça, a infelicidade das pessoas não valorizarem o trabalho do jornalismo, acreditarem que o que consomem de conteúdo nas redes sociais é “De Graça”. Importante mencionar, que esse trabalho é sim, visto por muitos, mas a valorização, não é feita pela maioria.
Escrever, noticiar, avaliar, buscar, averiguar, essa é a função do jornalismo e destes profissionais.
Mesmo com a situação, vemos hoje, pelo menos, movimentos neste sentido de valorização, um exemplo, a Televisão Aberta. Neste último fim de semana, assisti parte do ‘Fantástico’, Rede Globo, e como a revista eletrônica, cada vez mais, ele se torna fundamental, no exemplo do bom jornalismo, e na ética. Movimentos como esse, nos fazem esperar, dias melhores e a melhor valorização.
Isso em parte acontece com os veículos de comunicação nas pequenas cidades, como nós, que todos dias estamos ali, ao lado do leitor, ouvinte, mostrando, buscando e se comunicando, mesmo não sendo, visto ou valorizado.
Abro espaço aqui, para AGRADECER aqueles que acreditam no nosso trabalho, há 31 anos.
Muitos, assinantes, anunciantes, amigos, que investem e lembram, buscam e leem. Espero que, mais e mais, comecem a acreditar mais, e valorizar mais, pois, sem comunicação, não há imprensa.
Por: Wilhiam Peretti – Diretor do Jornal O Celeiro
*Editorial publicado no Jornal O Celeiro, Edição 1806 de 23 de Novembro de 2023.