Fugindo da realidade: A influência da tecnologia na população

A tecnologia vem tomando um rumo inacreditável já percebido há tempo; frequentemente se cria novas invenções, e isso afeta diretamente as pessoas, principalmente jovens das últimas gerações. É notável como a tecnologia rapidamente se transforma em um vício e, pior, como é difícil largá-lo por ser algo que abrange todo o mundo, fazendo-se cada vez mais essencial para conviver nos tempos modernos.

Pensemos em insetos, por muito tempo a única direção que tinham à noite era a iluminação da Lua, mas então uma espécie em evolução, os humanos, criam a luz, facilmente sendo confundida com a Lua pelos pequenos artrópodes, que tentam incessantemente seguir; no fim, apenas se batendo, e por isso são taxados de tolos! Porém, isso realmente tem sentido? Os únicos diferentes somos nós, porque a mente deles não evoluiu para diferenciar o verídico do inventado, assim, não sabem como reagir e ficam desorientados com o hiperestímulo artificial, diferente do homem, que, seguindo a teoria da evolução, pulou para uma etapa de desenvolvimento fora de padrão, onde, agora, o hiperestímulo artificial se tornou primordial para muitos. Destaco nesse sentido uma fala do canal científico e filosófico Ludoviajante: “a mariposa é tão escrava da luz quanto nós somos escravos da dopamina, por isso é tão fácil perder a noção do tempo quando usamos a internet”.

Refletindo a situação da humanidade percebe-se que a falta de atenção é muito maior, assim como o tédio, exaustão mental, procrastinação, deprimência… As pessoas estão perdendo a sensibilidade de se empolgar com as coisas simples da vida, porque recebem dopamina frequentemente com vídeos encontrados na internet, barra de rolagem infinita nas redes sociais, plataformas de entretenimento e deglutição fácil.  Assim, se acostumam com o excesso e é preciso muito mais estímulo para sentirem o mesmo prazer, e quando o cérebro recebe muita informação ele devolve como dor, que nesse caso, é a ansiedade, e para suprir o vazio, a culpa de não conseguir sair disso, inconscientemente procuramos mais estímulo, tornando-se um círculo vicioso.

Além da própria culpabilidade de ficarmos muito tempo com eletrônicos já ser algo difícil de assimilar, ainda existe a pressão social. Como já dito, a internet está presente em todo o mundo, e é fácil sentir-se deslocado quando não se tem uma vida digital ativa. De um dia para o outro ouvimos tantas informações, que se não acompanharmos na íntegra teremos a sensação emocional de estarmos perdidos. Em todos os cantos notamos gente conversando dos mais diversos assuntos, podendo estar relacionados desde o próprio bairro até o outro lado do planeta; quero reforçar ainda a hostilidade que enfrentamos quando não estamos “atualizados” nas milhares de informações que acontecem a cada milésimo de segundo! Sendo taxados de “desinformados”.  Dessa forma, a ideia de deixar de lado o celular torna-se cada vez mais distante.

Mas enfim, de que forma, então, pode-se quebrar esse círculo vicioso? Há incontáveis maneiras, mas aqui serão citadas algumas que temos lugar de fala por já termos testado. Começando por atividades longe do celular: desativando as notificações, se precisar até desligue o aparelho, para evitar conferir toda hora; leia um livro em outro cômodo; procure um hobbie que te distraia, como desenhar, escrever, fotografar, colorir, trabalhos artesanais, estudar… Mais um conselho é procurar ocupações fora de casa, caminhe por espaços entre a natureza, visite alguém, até se tiver amigos próximos, combinem de se encontrar; busque também praticar atividades físicas, deixe a mente mais ativa tirando esse sentimento de tristeza e culpa , sem contar que é saudável. Por fim, uma dica preciosa e simples: sempre que puder desative as cores do seu dispositivo, quando a coloração está ausente é menos estimulante e muito mais fácil evitar distrações, já que não é tão atraente. Entretanto, é importante lembrar que a mudança não virá imediatamente, mas uma hora chega, então se esforce e não desista, pela sua própria saúde!

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