As importações chinesas de carne de frango devem totalizar 400 mil toneladas em 2026, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado em Pequim. O número representa uma queda de 7% em relação às 430 mil toneladas estimadas para 2025 — o cálculo não inclui pés de frango.
De acordo com o USDA, mesmo que a demanda do setor de foodservice e processamento permaneça estável, as restrições sanitárias impostas aos principais fornecedores, como Brasil e Estados Unidos, seguirão limitando o volume importado pelo país asiático.
Impactos para o Brasil e os Estados Unidos
Após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, em maio, a China suspendeu todas as compras de frango brasileiro. Situação semelhante ocorre com os Estados Unidos, que também enfrentam restrições de exportação devido ao vírus em vários estados produtores.
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O Brasil tradicionalmente responde por mais de 50% das importações chinesas de carne de frango, segundo o USDA, e os EUA figuram entre os maiores exportadores. A queda nas compras da China tende a pressionar os preços internacionais e impactar a receita de empresas do setor.
Produção e consumo interno em alta na China
A produção de carne de frango no país deve crescer 3% em 2026, atingindo 16,7 milhões de toneladas. Já o consumo doméstico está projetado para subir 2%, chegando a 16 milhões de toneladas. Esse cenário reforça a tendência de autossuficiência parcial da China na proteína, o que pode reduzir ainda mais a dependência de importações.
Especialistas alertam que os impactos no mercado internacional devem ser acompanhados de perto por produtores, tradings e investidores de commodities, já que as decisões de compra do país asiático têm efeito direto sobre os contratos futuros e os preços pagos ao produtor.
Fonte: ADVFN Brazil