A fibromialgia é uma síndrome crônica que provoca dores generalizadas pelo corpo, cansaço extremo e dificuldade para dormir. Para muitas pessoas, os sintomas são tão intensos que atividades simples do dia a dia se tornam desafiadoras. Estima-se que entre 2% e 3% dos brasileiros convivam com a doença, sendo a maioria mulheres entre 30 e 50 anos.
O que é fibromialgia
A fibromialgia é classificada como uma doença reumática, mas não provoca inflamações nas articulações. Ela está relacionada a uma alteração na forma como o sistema nervoso central processa os sinais de dor, fazendo com que o corpo responda de maneira exagerada a estímulos que normalmente não seriam dolorosos.
Principais sintomas
Embora a dor difusa seja o sinal mais conhecido, a fibromialgia envolve um conjunto de manifestações que impactam diretamente a qualidade de vida:
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Dor generalizada: pode afetar músculos, articulações e tendões. Médicos avaliam até 18 pontos específicos do corpo para auxiliar no diagnóstico.
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Alterações do sono: despertares frequentes, síndrome das pernas inquietas e apneia são comuns, resultando em sono não reparador.
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Fadiga persistente: sensação de cansaço extremo mesmo após períodos de descanso, podendo prejudicar memória e concentração.
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Problemas emocionais: ansiedade e depressão podem agravar os sintomas e dificultar o tratamento, criando um ciclo de dor e exaustão.
Possíveis causas
Ainda não existe consenso sobre a causa exata da fibromialgia. Pesquisas indicam que ela pode estar associada a:
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Predisposição genética
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Estresse físico ou emocional prolongado
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Infecções virais ou bacterianas
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Traumas físicos
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Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é clínico e realizado por reumatologistas, que analisam o histórico do paciente e avaliam os sintomas. Exames laboratoriais podem ser solicitados para descartar outras condições que causem dor crônica.
Tratamento e qualidade de vida
O tratamento da fibromialgia é multidisciplinar e busca controlar os sintomas. Entre as abordagens mais indicadas estão:
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Medicamentos: analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares, prescritos conforme a necessidade.
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Terapia física: fisioterapia, acupuntura e massagens podem ajudar a reduzir a dor.
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Exercícios físicos: atividades de baixo impacto, como caminhadas, pilates, natação e yoga, são fortemente recomendadas para liberar endorfinas e melhorar o humor.
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Apoio psicológico: psicoterapia pode auxiliar no manejo da dor e na redução do estresse.
Começar de forma gradual e respeitar os limites do corpo é essencial para que o tratamento seja eficaz.
Fonte: Unimed