Caixa criará fundo imobiliário para levantar recursos para os Correios

Detalhes ainda estão em estudo e, por enquanto, não há data para o instrumento financeiro entrar em vigor.

A Caixa Econômica Federal criará um fundo imobiliário com imóveis dos Correios como forma de ajudar a estatal a obter novas receitas e equilibrar sua situação financeira. A medida será complementar à concessão de um empréstimo à empresa, cuja participação do banco na operação ainda está em negociação.

A instituição financeira confirmou os planos de criação do fundo imobiliário à Agência Brasil. No entanto, informou que os detalhes ainda estão em estudo e que, por enquanto, não há data para o instrumento financeiro entrar em vigor.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (23), o presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse que as discussões estão em fase inicial. No entanto, afirmou que a participação do banco atrai interesse de investidores privados. Vieira ressaltou que o fundo imobiliário faz parte de um conjunto de medidas para reestruturar os Correios, que incluem revisão de contratos, logística e programas de demissão voluntária (PDV).

Segundo o presidente da Caixa, o patrimônio dos Correios em imóveis está avaliado em mais de R$ 5,5 bilhões. O fundo imobiliário ajudaria a capitalizar os Correios por meio do modelo de leasing back, em que a empresa alugaria os imóveis vendidos para o fundo. Em Brasília, ressaltou Vieira, o retorno médio de aluguel desses imóveis gira em torno de 0,4% do valor do bem, o que torna o investimento atraente.

Empréstimo

Sobre a participação da Caixa no empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, que contará com várias instituições financeiras e terá garantia do Tesouro Nacional, Vieira afirmou que ainda não há definição do valor a ser emprestado pelo banco. Anunciada na semana passada pelos Correios, a operação de crédito está em fase de negociação.

Principais marcos do desempenho financeiro da estatal

  • Em 2020, os Correios apresentaram lucro líquido de aproximadamente R$ 1,53 bilhão
  • Em 2021, registrou-se um lucro de cerca de R$ 2,27 bilhões
  • Em 2022, fechou o ano com prejuízo de aproximadamente R$ 767,7  milhões.
  • Em 2023, registrou novamente prejuízo aproximado de R$ 633,5 milhões
  • Em 2024, registrou novamente prejuízo de cerca de R$ 2,591 bilhões
  • Em 2025, resultado do terceiro trimestre (findo em30 de junho) registra prejuízo de 2,640 bilhões

Dados constam no site dos Correios  Demonstrações Financeiras – no item  DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE – DRA

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