Elas estão cada vez mais interessadas em cruzar fronteiras em busca de qualificação.
Uma pesquisa realizada pelo Salão do Estudante, maior feira de educação internacional da América Latina, mostra que 65% dos brasileiros que planejam estudar fora do país são mulheres, contra 35% de homens.
O levantamento, feito entre outubro de 2023 e abril de 2025, ouviu 82 mil estudantes e revela que as mulheres buscam mais do que um curso de idioma: querem formação profissional, crescimento de carreira e um diferencial competitivo em um mercado ainda predominantemente masculino.
Mas o desejo de estudar fora engloba todos os gêneros e começa cada vez mais cedo. Segundo a pesquisa, muitos brasileiros querem colocar o pé na estrada logo após o ensino médio, aos 18 anos, em busca de experiências que unam aprendizado, autonomia e bagagem cultural.
Fazer graduação no exterior é o sonho de muitos jovens, e como os custos são altos, cresce o interesse pelos programas sanduíche, que permitem cursar parte da faculdade no Brasil e parte em outro país. A idéia ajuda a reduzir gastos e tornar o sonho possível.
E para que esse sonho não vire um pesadelo com o dólar e o euro em alta, o estudante encontra no evento alternativas e promoções exclusivas, como isenção de taxas e parcelamentos diferenciados, que ajudam a transformar o projeto em realidade.
E afinal, quais são os países queridinhos dos brasileiros?
Os Estados Unidos seguem na liderança, seguidos por Canadá, Portugal, Reino Unido e Espanha. Nos últimos anos, Austrália e Irlanda também entraram para o radar, conquistando espaço por oferecerem qualidade de ensino, segurança, políticas de visto mais flexíveis e a possibilidade de estudar e trabalhar.
Quando o assunto é idioma, o inglês continua soberano, reforçando seu papel como ferramenta essencial no mercado global. Mas o ranking reserva surpresas: o espanhol cresceu e já ocupa a segunda posição, impulsionado pela força econômica da América Latina e pelo charme da Espanha como destino educativo.
O italiano surpreendeu ao conquistar o terceiro lugar, ultrapassando o francês. O avanço reflete políticas de imigração mais favoráveis, o aumento do interesse pela cultura italiana e a expansão de cursos e graduações nas universidades do país.
O francês segue relevante entre quem sonha com carreiras diplomáticas ou em organismos internacionais, enquanto alemão, coreano e japonês também aparecem entre as preferências, especialmente entre estudantes de engenharia e tecnologia.
O Salão do Estudante é realizado pela BMI/THE – Times Higher Education. Desde 1987 o evento conecta estudantes brasileiros as mais renomadas instituições de ensino internacionais.
A próxima edição da feira acontece em novembro, no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis, com entrada gratuita. Serão 5 países, entre eles Canadá, Estados Unidos, Irlanda, Itália e Portugal. A feira acontece em mais 5 capitais.
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