Agronegócio brasileiro cresce e diversifica exportações

Presidente da Coocam, João Carlos Di Domenico destaca a importância das cooperativas e do produtor rural no crescimento do setor.

Em agosto de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,29 bilhões, registrando crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Para o presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), João Carlos Di Domenico, esses números reforçam a força e a resiliência do setor.

“Mesmo diante da queda de preços internacionais, conseguimos manter o crescimento graças ao aumento do volume embarcado e à qualidade dos nossos produtos. Isso mostra o comprometimento do produtor rural e das cooperativas em atender à demanda global com eficiência”, afirma.

Entre os produtos que impulsionaram o crescimento, destacam-se a soja em grãos, com 9,3 milhões de toneladas exportadas e receita de US$ 3,88 bilhões, e o milho, que alcançou 6,8 milhões de toneladas, movimentando US$ 1,36 bilhão. A carne bovina in natura também apresentou desempenho expressivo, reforçando a diversidade da pauta exportadora. “O sucesso das exportações não é apenas uma questão de números, mas do trabalho constante do produtor rural e da organização das cooperativas. Cada tonelada embarcada representa dedicação, inovação e o cuidado com a qualidade que o mundo espera do Brasil”, comenta o presidente da Coocam.

Na opinião de Joao Carlos Di Domenico, o grande desafio é exportar produtos com maior valor agregado, como por exemplo, farelo e óleo, em vez de soja em grão; o aço em vez de minério de ferro e o DDG (subproduto do milho) em vez carne de aves, suínos e bovinos. Segundo ele, esses produtos oferecem maior valor no mercado internacional, ajudam a diversificar a pauta exportadora e podem resultar em margens de receita significativamente melhores para os produtores brasileiros. Para João Carlos, essa estratégia não é apenas uma oportunidade de lucro, mas uma forma de fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro e garantir que o país seja reconhecido mundialmente pela qualidade e inovação de seus produtos.

A China segue como principal parceira do agronegócio brasileiro, seguida pela União Europeia. Outros mercados em expansão incluem México, Egito, Índia e Tailândia. “Ampliar mercados é fundamental para reduzir a dependência de poucos destinos e produtos. As cooperativas têm papel estratégico nesse processo, garantindo que o Brasil continue sendo referência em fornecimento de alimentos para o mundo”, enfatiza.

Apesar dos desafios, o agronegócio brasileiro mantém-se como pilar da economia nacional. Com inovação, diversificação e trabalho em conjunto entre produtores e cooperativas, o país segue como fornecedor estratégico de alimentos de qualidade para o mercado internacional.

*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1897 de 25 de setembro de 2025.

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