Na edição desta semana abordamos novamente a demora na conclusão e entrega de obras públicas executadas na região. Nestas reportagens, as obras em questão são a sede própria do Centro de Referência Especializado em Assistência Social – Creas de Campos Novos e do Centro de Educação Profissionalizante – CEDUP em Abdon Batista.
Obras executadas por meio de convênios com o Governo do Estado, em atraso desde 2014. A boa notícia é que o prédio do Creas deve ser entregue nesta sexta-feira. Já quanto ao CEDUP, permanece a indefinição quanto à data de entrega. Mas esses com certeza, não são os únicos projetos com problemas na sua execução.
A maior dificuldade é o atraso no cronograma estabelecido para estas obras, como ocorre na grande maioria das obras públicas. É fato o excesso de burocracia desde a contração até a execução destas obras. Há inúmeros prazos envolvendo aprovação de projeto, licitação e a busca pelo menor preço.
São práticas a serem adotadas na administração pública, porém, a burocracia não é o único entrave. Depois aparecem os sucessivos adiamentos de cronograma, motivados por alterações de projeto, descumprimentos de contratos, atrasos de repasses, problemas climáticos, entre outros entraves, como a falta de uma gestão competente, que também interfere na boa execução de muitos projetos no setor público.
Nós cidadãos, figuramos como reféns, inúmeras vezes, de projetos malfeitos, licitações suspensas ou refeitas, aditamentos e liminares. Uma conjugação de problemas que transforma algumas obras públicas em empreendimentos problemáticos e em muitos casos com o dobro ou triplo do investimento inicial previsto.
Sem contar os projetos anunciados, convênios assinados e nada de liberação de verba. É preciso repensar este modelo ineficiente que se apresenta na gestão de obras públicas.
Por Antonia Claudete Martins.
Editora Chefe do Jornal O Celeiro
*Editorial publicado na edição 1426 de 28 de Abril de 2016.


