O dia 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma das faces da violência infanto-juvenil. Essa data foi escolhida em homenagem a uma menina: Araceli, de oito anos, vítima de estupro e depois assassinada por jovens de classe média em 1973, na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Até hoje – passados exatos 35 anos –, os culpados do crime permanecem impunes.
Em todo o país o dia 18 de Maio é marcado por diversas atividades de sensibilização da população para que denunciem estas práticas. Uma realidade próxima de todos, mas que é negligenciada, tanto pela família das vítimas, como pela sociedade, que se omitem e não denunciam. É preciso romper com a omissão e com o pacto de silêncio que encobre estas situações.
O abuso e a exploração sexual devem ser combatidos por meio de ações públicas e sociais de garantia de direitos básicos e acesso a serviços fundamentais, de condições dignas de vida e de envolvimento em situações que promovam o desenvolvimento social. Deve ser uma prática rejeitada por toda a sociedade.
Não há como ficar indiferente quando se trata de uma situação de violência sexual contra crianças e adolescentes. A denúncia é um importante instrumento de intervenção da sociedade no sentido de coibir a prática do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. O reconhecimento de situações de violência é importante para que se possa dar o encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou.
Não se deixe enganar. A violência contra crianças e adolescentes está presente em todas as partes do mundo, em diversas classes e culturas. As meninas são as maiores vítimas como acontece em Campos Novos. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
Não se cale! Faça Bonito – Proteja Nossas Crianças e Adolescentes.
Por Antonia Claudete Martins.
Editora Chefe do Jornal O Celeiro.
*Coluna publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1428 de 12 de maio de 2016.


