A violência urbana cresce no Brasil em números assustadores. Os índices demonstram situação preocupante, a qual se sujeita a população brasileira. A preocupação não é exclusiva dos centros maiores, mas também em municípios menores, como é o caso de Campos Novos.
Nesta semana, a redação apresenta em reportagem com o Comandante da Terceira Companhia da Polícia Militar de Campos Novos, Tenente Rodrigo Pedroso, alguns dados sobre roubos a estabelecimentos comerciais e contra pessoas, registrados entre janeiro e maio deste ano, totalizando 25 ocorrências até 22 de maio. A situação preocupa não só os setores de segurança como a população em geral. Crimes de roubo praticados geralmente por um mesmo grupo, comentou o comandante da PM.
O problema da violência urbana, porém, é resultado de um conjunto complexo de diversos fatores e não pode ser resolvido unicamente por meio da via repressiva. Além de investimentos no setor de Segurança Pública, com o aumento do efetivo, por exemplo, há necessidade de melhorias e investimentos em diversos outros setores, como educação, economia, emprego, redução da desigualdade social, dentre outros fatores, como a impunidade penal.
Com o aumento progressivo da população e o crescimento acelerado e desordenado das cidades, cresce também a criminalidade, que se torna cada vez mais presente no cotidiano das pequenas, médias e grandes cidades. As consequências deste crescimento desordenado são graves e problemas sociais como fome, miséria, desemprego e marginalização, que associados à falta de investimento em políticas de segurança pública, contribuem para o aumento dos atos de violência.
Como em outras problemáticas que envolvem a coletividade, faz-se necessária ação conjunta voltada à redução das desigualdades sociais, que tem como pano de fundo uma educação de qualidade e uma economia estável, aliado às políticas de segurança pública que garantam a estrutura necessária e de pessoal para que se possa trabalhar mais na prevenção.
Por: Antonia Claudete Martins
Editora Chefe do Jornal “O Celeiro”
*Editorial Publicado no Jornal “O Celeiro”, Edição 1430 de 26 de Maio de 2016.


