Mulheres na política: importância e avanços, por deputado Julio Garcia (PSD)

A cada ano, o mês de março nos incentiva a fazer reflexões relevantes com a sociedade sobre as pautas femininas. E, não menos importante, considero necessário incluir nesta discussão a presença da mulher na política. Do meu ponto de vista, isto é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e equitativa. Se já seria algo justo quanto à paridade, a mulher ainda acrescenta uma reconhecida sensibilidade para a formulação de políticas mais abrangentes e representativas, que atendam às necessidades de toda a população, incluindo questões de saúde, educação, família e igualdade.

A presença de mulheres na política serve como inspiração para as futuras gerações de líderes femininas. Ver mulheres em posições de poder encoraja outras a também acreditarem em seu potencial e a buscarem cargos de liderança, quebrando barreiras e estereótipos. Isso cria um ciclo virtuoso da participação feminina. Mulheres em cargos políticos frequentemente provocam um impacto positivo em suas comunidades. Elas tendem a defender iniciativas que fortalecem a coesão social, promovem o desenvolvimento e garantem que as necessidades de todos os grupos, especialmente os mais vulneráveis, sejam atendidas.

Mas no Brasil, apesar de avanços importantes, a representatividade feminina na política ainda precisa avançar. A notícia boa foi nas eleições municipais. O número de eleitas passou de 15,83% para 17,92% em 2024. Porém, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições gerais de 2022, apenas 17,7% dos assentos na Câmara dos Deputados foram ocupados por mulheres. No Senado, esse percentual foi ainda menor, de aproximadamente 12,34%. Na Assembleia Legislativa, apenas três mulheres foram eleitas, de 40 deputados. Esses números destacam a necessidade de estratégias adicionais para aumentar a participação das mulheres na política brasileira.

Mulheres líderes muitas vezes se destacam por sua capacidade de conduzir processos com empatia, resiliência e integridade. Elas tendem a adotar abordagens mais colaborativas e inclusivas, promovendo o diálogo e a cooperação. Essa abordagem pode levar a decisões mais justas e equilibradas, que beneficiam toda a sociedade. A presença da mulher na política não se resume a teorizar sobre ter cotas ou não. E sim sobre a presença efetiva e marcante delas.

A representatividade feminina efetivamente contribui para a construção de sociedades mais democráticas e justas. Continuar promovendo e apoiando a participação das mulheres na política é essencial para garantir um futuro onde todos, independentemente de qualquer diferença, tenham a oportunidade de influenciar e moldar as políticas públicas que afetam suas vidas.

Deputado Julio Garcia (PSD) é presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina 

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