Nós, as mulheres

editorialNa terça-feira, dia 08 de março, comemoramos mais um Dia Internacional da Mulher. A data é tida como símbolo de uma série de reivindicações e conquistas de direitos, sobretudo no âmbito trabalhista.

Tivemos avanços sim, felizmente, mas ainda temos alguns degraus a serem escalados. Nesta escalada pela garantia dos nossos direitos, algumas considerações. Conquistamos um espaço cada vez maior no mercado de trabalho, nas universidades e muitas de nós são bem sucedidas profissionalmente, empreendedoras e chefes de família, garantindo o sustento da casa.

Paralelamente às nossas conquistas, surge também a discussão sobre o empoderamento das mulheres e igualdade de gêneros. Ou seja, não basta que sejamos boas no que fazemos, seja profissionalmente ou como donas de casa e mães, temos que competir, se sobressair e provar numa árdua luta diária que podemos ser iguais ou melhores que o sexo masculino.

Não é suficiente que apenas nos respeitemos como seres humanos, que valorizemos as qualidades de cada um, independentemente de gênero, raça ou classe social. E ainda temos que saber lidar com a ditadura da beleza, que cá entre nós, nos aprisiona mais do que nos liberta. O mundo espera que sejamos bonitas, acima de tudo. Lindas, se possível. Bem cuidadas, magras, torneadas, gostosas e sexys.

Se a igualdade partisse do pressuposto que eu devo me respeitar e respeitar o próximo como ser humano com suas qualidades e limitações, quem sabia teríamos uma sociedade mais justa, sem distinções e seria possível avançarmos na redução da violência contra a mulher, ainda tão presente no nosso cotidiano.

A convivência entre homens e mulheres é bombardeada diariamente com discussões, análises e considerações sobre o fim de uma cultura machista e o crescimento do movimento feminista. E travamos uma guerra.

É preciso haver equilíbrio, porque são tantos os homens de nossas vidas, filhos, pais, irmãos, companheiros e amigos, que exercem um papel fundamental para nossa felicidade. Tanta competição, nos leva muitas vezes a nos atribuir a responsabilidade de sermos boas o suficiente o tempo todo. E nem sempre conseguimos, não porque somos mulheres, mas porque somos seres humanos.

Que nós, mulheres, sejamos felizes sem culpa em qualquer escolha que fizermos, como profissionais, mães ou donas de casa. Que saibamos nos indignar e nos posicionar com qualquer tipo de discriminação ou violência. Que a nossa seja a luta de todos, por um mundo mais justo, mais humano e mais fraterno.

Por Antonia Claudete Martins.

Editora Chefe do Jornal O Celeiro

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