FPA alerta para grave risco de proibição do paraquate

IMG_9936Estudos científicos garantem que o produto é ambientalmente seguro. Suspensão do registro pode provocar graves prejuízos ao agronegócio brasileiro.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) está preocupada com a possível proibição de um dos mais eficientes e importantes produtos utilizados na agricultura brasileira. Trata-se do paraquate, herbicida amplamente utilizado no mundo em lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, entre dezenas de outras. Estudos científicos confirmam que o paraquate é ambientalmente seguro.

O paraquate é fundamental no plantio direto, que reduz os processos de erosão e protege as bacias hidrográficas. Em consequência, também é benéfico na diminuição dos custos de produção. Mais do isso, ao permitir a antecipação da colheita, proporciona o plantio da segunda safra na melhor época, resultando em maior produtividade e aumento da renda do agricultor.

O temor da FPA surgiu com o lançamento de uma consulta pública de reavaliação do paraquate, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e que se encerra em 16 de novembro. A reavaliação pode resultar na suspensão ou no cancelamento do registro do produto.

O assunto foi tratado na última reunião-almoço da entidade pelo professor doutor Angelo Zanaga Trapé, coordenador da área de Saúde Ambiental da Faculdade de Ciência Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Autoridade respeitada na área, Trapé também é coordenador do Ambulatório de Toxicologia do Hospital de Clínicas da Unicamp e coordenador do Programa de Atenção à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos.

Segundo Trapé, “a avaliação de risco toxicológico do paraquate permite afirmar que ele é um produto com baixo risco para a saúde pública no Brasil”. A afirmação do professor é feita aplicando-se os parâmetros do método científico em toxicologia com base em análise de um universo de milhares de agricultores com contato sistemático há décadas com o produto.

O paraquate foi registrado em 1962 na Inglaterra e em 1964 nos Estados Unidos. No Brasil, começou a ser utilizado no início da década de 1970. Ele é utilizado no combate a mais de 40 plantas daninhas. Segundo estimativas da Embrapa, se o produto fosse banido, haveria um aumento de 129% nos custos de produção.

Depois de concluída a consulta pública, em 16 de novembro, a decisão final da Anvisa deve ser divulgada em 120 dias.

  • Informações da assessoria de comunicação da FPA.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui