Agronegócio movimenta R$ 61 bilhões na economia catarinense

Embora 2016 tenha sido um ano difícil para a economia, o setor do agronegócio garantiu renda, especialmente na região de Campos Novos, afirma professor de economia.

1453O setor do agronegócio se mantém competitivo em tempos de crise econômica e faz de Santa Catarina referência mundial em qualidade e sanidade dos rebanhos e produtos. Com mais de 700 mil empregos diretos, o agronegócio movimenta mais de R$ 61 bilhões, ou seja, 29% do Produto Interno Bruto – PIB catarinense.

Mesmo com apenas 1,12% do território nacional, Santa Catarina se consolida como grande produtor de alimentos e prova que as pequenas propriedades podem gerar renda e desenvolvimento. O estado tem quase 90% das propriedades rurais classificadas como de agricultura familiar e ainda assim é o primeiro produtor nacional de suínos, cebola, alho, ostras, mexilhões e pescados. É o segundo maior produtor de aves, tabaco e arroz e está entre os maiores produtores de mel, banana e leite.

Os dados foram divulgados no final do mês de outubro pela Secretaria de Estado da Agricultura. Internacionalmente, Santa Catarina é reconhecida pela excelência sanitária de seus rebanhos. Hoje, é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica, com certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE. Títulos que dão ao estado acesso aos mercados mais competitivos do mundo, como Japão e Estados Unidos, que dão exclusividade para carne suína produzida em Santa Catarina.

Para fomentar a cadeia produtiva em Santa Catarina, o Governo do Estado investe em programas que aumentam a competitividade e a qualidade de vida dos produtores rurais. Santa Catarina é referência no setor agropecuário e esse resultado é atribuído à dedicação dos produtores, que trabalham incansavelmente e buscam melhorar sempre. O Governo do Estado oferece aos produtores rurais catarinenses programas de fomento, aquisição de terras e regularização fundiária da Secretaria da Agricultura. Além do Fundo Estadual de Sanidade Animal – Fundesa, que indeniza os produtores pelo abate sanitário de animais acometidos por febre aftosa e outras doenças infectocontagiosas contempladas em programas de controle sanitário do Estado.

A Secretaria da Agricultura atua ainda na defesa sanitária animal e vegetal, pesquisa agropecuária, extensão rural, assistência técnica e comercialização de hortifrutigranjeiros, através de suas empresas vinculadas, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc e Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina – Ceasa/SC.

Para o professor de economia Guido Riffel, o desempenho do agronegócio foi bom, apesar da crise financeira vivenciada no país, agravada em 2016. “A economia do Brasil não está boa, mas também tem setores que estão tranquilos. A nossa região está dentro do agronegócio que sustenta e movimenta a economia regional e que está em boa fase. Mesmo com a baixa no preço da soja, quem plantou, colheu, e se saiu muito bem. O milho nem se fala, este ano foi excepcional. Produção de suínos também, mesmo com custos altos, houve uma compensação de preços para os produtores. Então, resumindo, estamos numa região relativamente boa”, avaliou.

Guido Riffel também considera a contribuição do cooperativismo para a garantia deste resultado positivo no agronegócio. “Principalmente em Santa Catarina, o cooperativismo é muito forte e isso faz com haja desenvolvimento e uma condição favorável economicamente. A injeção de 61 bilhões de reais na economia catarinense é bastante significativa e mesmo os minifúndios, principal característica do estado, continuam se mantendo”, finalizou.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1454 de 10 de Novembro de 2016.

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