Em defesa dos animais

É preciso ter sensibilização de que o abandono, certamente, vai colocar o seu animal de estimação vulnerável a uma série de coisas, inclusive doenças fatais, atropelamentos, maus tratos e crueldades. Em Campos Novos felizmente, voluntários, defensores e amantes dos animais estão fazendo sua parte. Desde socorrer animais vítimas de maus-tratos até a busca de lares provisórios e de quem possa adotá-los.

O problema, porém, requer mais atenção com planejamento e ações públicas que realmente venham ao encontro de uma solução. O animal abandonado ou mesmo aquele que não é mantido em segurança dentro de casa, fica vulnerável a tudo que há de bom e ruim proveniente não só do meio ambiente, mas, também, do ser humano, como maus-tratos. Nem todos os corações estão abertos para atitudes de bondade para com os animais de rua.

Apenas compaixão não basta, é preciso agir. A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a 1/4 da população humana.

O entendimento sobre a importância do controle do aumento da população através da retirada de animais das ruas de forma continuada, além de controlar determinadas doenças como a temida raiva canina, é uma necessidade premente.

Conforme a saúde veterinária, a superpopulação de cães e gatos em centros urbanos ocasiona inúmeros problemas: transmissão de zoonoses, como raiva, leptospirose, leishmaniose, entre outras; agressões envolvendo pessoas ou outros animais; contaminação ambiental por dejetos e pêlos e dispersão de lixo; distúrbios de trânsito de veículos, determinantes de acidentes, atropelamentos; danos à propriedade pública ou particular.

Estudos mostram que o controle destas populações representa um desafio constante para todas as sociedades, independentemente do grau de desenvolvimento socioeconômico,
Devido ao grande laço afetivo que caracteriza a relação do homem com animais, sejam de raça ou não, filhotes ou adultos, machos ou fêmeas, soltos ou domiciliados.

A necessidade de controlar animais de estimação sempre envolve dois atores sociais. Ao proprietário cabe exercer o direito de manter um animal sob sua guarda, desde que de maneira responsável, ou seja, zelando pela sua saúde, pelo controle reprodutivo, pela destinação de filhotes e mantendo-o domiciliado. Ao poder público destinam-se as ações de controle dos animais errantes, com vistas à proteção da saúde pública, porém, com posturas humanitárias em relação a eles.

Por Antônia Claudete Martins
Editora Chefe

*Editorial publicado no Jornal “O Celeiro”, Edição 1511 de 11 de Janeiro de 2018.

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