Qual a Relação da Saúde Física com a Saúde Mental?

Que cuidar da saúde é importante, todos sabemos, mas você sabe a relação entre a saúde física e mental? Tem ideia que o estresse, a ansiedade e outras condições podem causar doenças na pele, fígado, estômago ou até mesmo doenças cardíacas ou neurológicas?
Venha entender essa relação!

Sabemos hoje através de estudos que não há separação entre entre o físico e o mental, muito pelo contrário. É unânime entre os autores e estudiosos que há uma clara ligação entre o emocional e cognitivo com as manifestações corporais, explicada pela atuação do Sistema nervoso no nosso corpo.

Ou seja, a desorganização mental (quando dizemos que o emocional está abalado, por exemplo) resulta numa sensibilização em relação aos fenômenos que atravessam a vida do paciente, o que o impede de elaborar tais acontecimentos e, por consequência, também podem desorganizar o corpo físico – o surgimento de sintomas de doenças crônicas, doenças de pele, dores não diagnosticadas e
outras.

Vale destacar ainda que problemas como estresse e a ansiedade provocam mudanças químicas que naturalmente interagem com o funcionamento do nosso organismo, todo e qualquer tipo de interação desarmoniosa (altos índices de produção de cortisol e adrenalina que são característicos do estresse, por exemplo) contribui enormemente para ocupar papel disparador de doenças físicas, algumas mais específicas como as doenças cardíacas e digestivas – pelo desgaste fisiológico da produção de substâncias químicas decorrentes de alterações emocionais.

Além disso, ela comenta que as condições de estresse, ansiedade e depressão limitam que os pacientes tenham uma boa qualidade de vida, portanto, não são considerados saudáveis – mesmo que não haja sintomas físicos, o conceito saúde é entendido como o bem-estar integral do sujeito: emocional, físico, social.

Nesse contexto, devemos entender que exercícios físicos são fontes primordiais de bem-estar e sensações de prazer. Se o movimento fizer parte das vivências do paciente, muito provavelmente ele apresentará mais condições de proteção à saúde física e mental, interrompendo ou minimizando um ciclo de estado ansioso ou depressivo, por exemplo.

Além disso, para evitar a somatização dos sintomas, que são resultado de uma desorganização emocional não reconhecida como tal, devemos considerar tomar consciência sobre as interferências que sofremos ao longo de relações, e analisar a forma que encaramos nossa vida e os acontecimentos, então é necessário (mesmo não sendo sempre fácil) que possamos questionar e enfrentar conteúdos desconfortáveis para que sejam nomeados, comunicados, elaborados e resolvidos. Em resumo, o ideal é que não deixemos questões encobertas como se não existissem – porque é nessa hora que os problemas procuram escapes e manifestam através do nosso corpo.

Dessa forma, o importante é procurar ter equilíbrio nas diferentes áreas da vida, sem exagerar no trabalho e no descanso, buscando sempre balancear as tarefas, para que não exista desgaste em excesso em nenhuma delas, o que pode levar ao cansaço mental, por exemplo, e acabar prejudicando outras atividades.

O recado principal é: 2023 está acabando, que tal colocar você como a principal prioridade do ano novo? Afinal “Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo para cuidar da doença”.

*Coluna ‘Corpo e Movimento’, publicado na Edição 1810 de 21 de dezembro de 2023.

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