Nesta semana, o município de Campos Novos recebeu a confirmação que o tão esperado projeto de reforma e ampliação da Fundação Hospitalar Dr. José Athanázio, não existe mais.
Foi cancelado, assim como perdidos os recursos que seriam destinados aquelas tão esperadas melhorias na instituição, como a construção de uma nova ala para a pediatria, uma sala de imagens para uso do não mais tão novo aparelho de raios X, encaixotado há cerca de seis anos, além da Unidade de Terapia Intensiva.
A confirmação ocorreu em visita técnica do novo Secretário de Estado de Saúde, referendada pelo Superintendente de Planejamento do órgão estadual. A justificativa é que houve problemas técnicos no projeto encaminhado pelo município na administração passada, sendo necessário agora um novo encaminhamento.
O mais interessante é que a intenção de convênio prevendo R$ 2,7 milhões de reais para a efetivação do projeto chegou a ser assinada em janeiro de 2015 pelo próprio Governador Raimundo Colombo. O mesmo projeto foi por mais de uma vez readequado conforme as exigências solicitadas pela Vigilância Sanitária do Estado, como acompanhamos em reportagens feitas pelo Jornal O Celeiro e outros veículos de comunicação no decorrer dos últimos dois anos.
Ao mesmo tempo o governo anuncia novos critérios para gerir os recursos liberados por meio de emendas parlamentares, para que os recursos utilizados cheguem de fato às pessoas que dependem dos atendimentos da rede SUS, com mais de 70% da demanda em hospitais comunitários e filantrópicos.
Na prática o que se verifica e a ineficácia da atuação política na saúde, setor essencial e de maior demanda da população em geral. A ineficiência das políticas públicas voltadas à saúde é resultado de uma gestão falida do sistema.
Quem perde é a comunidade. É preciso inovar na gestão, voltada às pessoas, tendo o ser humano como princípio, meio e fim.
Por Antônia Claudete Martins – Editora Chefe
*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1478 de 11 de Maio de 2017.
