Exportação de carne suína e de aves tem queda de 30% em SC

Redução é resultado da greve dos caminhoneiros que paralisou embarques por dez dias. Além do volume, houve forte queda no faturamento

Santa Catarina foi responsável por 48% das exportações brasileiras de carne suína no primeiro semestre. A paralisação dos caminhoneiros teve um impacto direto no desempenho das exportações catarinenses de suínos e aves em junho. Toda logística de embarques ficou suspensa por dez dias o que resultou numa queda de 30% nas vendas internacionais em relação a maio.

“A paralisação dos caminhoneiros trouxe prejuízos significativos para a economia catarinense. O fim da greve e a gradativa volta à normalidade deve gerar números mais positivos nas exportações dos próximos meses porque Santa Catarina continua produzindo carne de qualidade e com a segurança que o mercado exige”, destaca o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies. Ele espera ainda que o Governo Federal consiga reverter as suspensões de exportações impostas pela Rússia e União Europeia, que afetam alguns frigoríficos catarinenses.

Santa Catarina foi responsável por 48% das exportações brasileiras de carne suína no primeiro semestre. Ao todo, foram embarcadas 132,5 mil toneladas, com um faturamento de US$ 266 milhões. O desempenho nos primeiros meses de 2018 foi menor do que no mesmo período de 2017, teve queda de 4,6% na quantidade e de 19,5% no faturamento.

A redução aconteceu também no mercado de frangos. De janeiro a junho, Santa Catarina embarcou 417,8 mil toneladas do produto, com um faturamento de US$ 715,7 milhões – uma queda de, respectivamente, 9,5% e 17,1% em relação ao último ano.

Carne bovina

A carne bovina produzida em Santa Catarina está conquistando o mercado internacional. No primeiro semestre deste ano, o Estado já embarcou 2,14 mil toneladas – quase três vezes mais do que no mesmo período de 2017.

Na primeira metade de 2018, Santa Catarina já faturou US$ 7,11 milhões com as exportações de carne bovina. O principal destino para a produção catarinense é Hong Kong, que vem ampliando as compras ao longo do ano. Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a alta qualidade da carne produzida em Santa Catarina e a excelência sanitária do rebanho estão por trás dessas conquistas. “As exportações de carne bovina são um fator positivo para o agronegócio catarinense e uma grande oportunidade para o estado já que nosso status sanitário diferenciado nos dá acesso aos mercados mais exigentes do mundo”, destaca.

Só no mês de junho foram vendidas 281,9 toneladas de carne bovina, gerando receitas que passam de US$ 881 mil – o dobro do que foi exportado em junho de 2017. O rebanho catarinense é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação e livre de peste suína clássica pela Organização Mundial de Saúde Animal. Outra característica dos bovinos de corte produzidos no estado é a presença de raças européias, que dão origem a uma carne diferenciada. Em 2017, Santa Catarina produziu cerca de 135 mil toneladas de carne bovina.

*Informações: RCN On Line.

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