Com frio e chuva, pacientes vem procurando a unidade para tratamento gripal.
Com a chegada do inverno, observarmos um aumento significativo nos atendimentos hospitalares devido a doenças respiratórias. Gripes, resfriados, bronquites e pneumonias são algumas das enfermidades que costumam se intensificar nessa época do ano.
O tempo frio e seco e até mesmo chuvoso como foram os últimos dias, favorece a proliferação de vírus e bactérias causadores dessas doenças, tornando as vias respiratórias mais vulneráveis. Além disso, a aglomeração de pessoas em ambientes fechados facilita a transmissão desses agentes infecciosos.
Durante a primeira quinzena desse mês de julho, o Hospital Dr. José Athanázio já registrou quase dois mil atendimentos, e maioria são complicação causadas por doenças respiratórias.
A equipe do jornal O Celeiro, conversou com o diretor do Hospital, Rafael Manfredi sobre o grande fluxo de pacientes no início do mês.
“A grande maioria dos atendimentos se referem a doenças respiratórias, típicas de inverno, principalmente em crianças e pessoas mais idosas, com problemas pulmonares relacionados à respiração. Então, agora, nessa primeira quinzena, o grande aumento é relacionado à síndrome gripais. Reforçamos sempre a importância da vacinação, justamente para que esses sintomas sejam mais leves. Então, a consequência muitas vezes da falta de vacinação são sintomas mais graves. E aí, é um dos motivos desse grande aumento na quantidade de atendimentos” comentou.
NÚMEROS
Desde o mês de abril, a emergência conta com um terceiro médico, das 13h até a meia-noite, considerado o período de maior número de atendimentos, principalmente nos domingos à tarde, e nas segundas-feiras durante o dia todo e à noite, em que mais de 200 atendimentos são registrados, superando a média diária de 140 atendimentos nos dias de menor fluxo.
O Hospital também conta com o apoio de cerca de doze acadêmicos dos anos finais do curso de Medicina da Unoesc que auxiliam durante os plantões de emergência e clínica médica.
“Percebemos que o tempo médio de espera, os menos emergenciais, das fichas azuis e verdes está em uma hora e dois minutos. Então, claro, naturalmente a gente sabe que tem plantões com maior fluxo, com maior demanda, que vai demorar um pouco mais. Tem dias que são mais caóticos, que mesmo com três médicos atendendo, temos um período de espera de três horas, de duas horas. Mas, na nossa média mensal e na média que a gente vem acompanhando, nosso tempo médio de espera para fichas menos emergenciais é de uma hora e dois minutos tem dias que, infelizmente, o volume é tão grande que não tem como a gente conseguir atender todo mundo rápido o suficiente, porque sempre vamos estar priorizando as emergências” afirmou, Rafael.
1º SEMESTRE
No primeiro semestre de 2024, desde o dia 1º janeiro até 30 de junho, vinte e sete mil e trezentos e noventa e seus atendimentos foram realizados no Hospital.
Nesse período, 153 pacientes passaram pela UTI, a taxa média de mortalidade esperada pela condição que os pacientes chegaram na UTI era de 62,14%, a taxa média de mortalidade observada foi de 24,89%. A estrutura é formada por 10 leitos e a taxa de ocupação é de 88,67%.
CIRURGIAS
Duas mil cento e trinta e sete cirurgias de média complexidade foram realizadas pelos SUS, não somente em pacientes locais, mas também de municípios da região como de Joaçaba, Chapecó e Concórdia.
“Hoje nosso volume de cirurgias aumentou bastante, justamente para que as pessoas da nossa região fiquem mais próximos do município. Não precisa se deslocar por grandes distâncias, então tudo aquilo que é cirurgia de média complexidade temos feito aqui em Campos Novos. Com várias especialidades já acontecendo, nesse ano de 2024 nós ampliamos o hall de cirurgias, onde colocamos as cirurgias de oftalmologia e iniciamos novamente o serviço de ginecologia que estava parado há um tempo já, então isso é uma das coisas que tem acontecido bastante no município. Temos realizado um quantitativo médio de 250 cirurgias através do SUS por mês r mais as cirurgias de oftalmologia em torno de 100 cirurgias mensais, então esse quantitativo tende a crescer ainda mais até o final do ano, pretendemos oferecer novas especialidades também até o final de 2024” informou.
*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1838 de 18 de julho de 2024.