Médico fala sobre as Doenças respiratórias causadas pelas mudanças de temperatura.
As mudanças de temperatura têm um impacto significativo na saúde respiratória, afetando tanto a qualidade do ar quanto a resposta do organismo a diferentes condições climáticas.
As oscilações de temperatura, sejam elas sazonais ou causadas por fenômenos climáticos extremos, podem provocar uma série de problemas respiratórios. O corpo humano é sensível a essas alterações, e a exposição a temperaturas muito altas ou muito baixas pode desencadear crises em indivíduos com condições respiratórias preexistentes.
A equipe do Jornal O Celeiro, conversou com o médico pneumologista, Dr. Carlos Alberto Massucato, de Joaçaba, que realiza atendimentos em Campos Novos, nas quintas-feiras a cada 15 dias, mediante agendamento na sede da AMPLASC.
Ele alertou que as mudanças de temperatura e o tempo seco ressecam as vias aéreas, aumentando a transmissão de vírus, especialmente em períodos de aglomeração e poluição, como a fumaça recente. Isso eleva o risco de doenças como gripes, resfriados, sinusites e pneumonia.
GRUPOS DE RISCO
Segundo o pneumologista, os grupos de risco mais afetados são crianças e idosos, pois têm imunidade mais baixa. Além deles, pessoas com doenças pulmonares como asma e bronquite também podem sofrer agravamentos.
SINTOMAS
Os sintomas comuns a serem observados incluem tosse (seca ou com catarro), falta de ar, dor ao respirar, chiadeiras no peito e febre. Embora seja difícil identificar se os sintomas são causados pelo clima ou por outras condições, é importante estar atento a esses sinais, especialmente em épocas de variação climática e poluição.
DICAS
De acordo com o especialista, para proteger a saúde respiratória, especialmente com as quedas de temperatura e variações climáticas, algumas medidas preventivas são essenciais:
- Evitar aglomerações: Ficar em locais fechados e lotados aumenta o risco de contágio. O ideal é manter janelas abertas para melhorar a circulação de ar;
- Cuidado com pessoas doentes: Evitar contato com quem apresenta sintomas de doenças respiratórias;
- Higiene nasal: Lavar as narinas com soro fisiológico ajuda a remover impurezas e aliviar desconfortos;
- Uso de umidificadores: Em ambientes secos, umidificadores ajudam a melhorar a qualidade do ar, desde que estejam limpos;
- Manutenção do ar-condicionado: Certifique-se de que o aparelho está limpo para evitar que ele resseque ainda mais o ambiente;
- Procura por atendimento médico: Fique atento aos sinais de alerta, como falta de ar, dor ao respirar ou febre persistente. Esses sintomas indicam a necessidade de avaliação médica;
Essas práticas ajudam a manter a saúde respiratória em períodos críticos e reduzem os riscos de complicações.
CUIDADOS COM A SAÚDE
Segundo Dr. Carlos, alguns cuidados importantes para mantermos a saúde respiratória incluem:
- Atividade física: Manter o corpo em movimento é essencial;
- Dieta balanceada: Uma alimentação regrada, preferencialmente orientada por um nutricionista, é fundamental;
- Vacinas: Vacinas contra a gripe, covid e pneumonia são recomendadas para todas as idades, especialmente para crianças, idosos e pessoas com comorbidades;
- Medicamentos em dia: É importante manter os remédios em dia e realizar check-ups regulares;
- Não fumar: Evitar todos os tipos de cigarro é crucial para a saúde respiratória;
“As vacinas, como a da gripe e as antipneumocócicas, estão disponíveis na rede pública e devem ser procuradas, especialmente por idosos e pessoas com doenças pré-existentes. É fundamental se proteger das variações climáticas e das queimadas que impactam a saúde respiratória. Aproveitem os recursos disponíveis na rede pública de saúde. E lembrem-se: não fumar é a principal recomendação de um pneumologista” concluiu Dr. Carlos.
*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1849 de 03 de outubro de 2024.