A edição desta semana trata entre outros assuntos do crime de estupro de vulnerável, ou seja, da violência sexual praticada contra crianças menores de 14 anos. Quando se fala de estupro, traduz-se a consumação do ato sexual praticado pelo agressor, que segundo as autoridades policiais, ocorre na maioria dos casos no ambiente familiar. Só em 2015 foram 7 registros de estupro de vulnerável em Campos Novos, uma cifra preocupante.
Uma realidade que pode ser ainda mais grave, levando em consideração os casos que não chegam à polícia. A reportagem com o delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso – Dpcami, também traz informações sobre como identificar e também prevenir o abuso sexual de crianças e adolescentes, além de chamar a atenção para a importância dos casos serem denunciados.
A denúncia neste tipo de crime é fundamental a fim de cessar a prática da violência. Identificados indícios de que o abuso esteja ocorrendo, a denúncia deve ser imediata para que o caso possa ser devidamente apurado. Neste aspecto as Dpcamis exercem papel preponderante, por contarem com profissionais devidamente preparados para atuar de forma rápida na investigação, que tem na palavra da vítima, a principal argumentação na comprovação do abuso.
É importante reforçar que além da agressão física, o abuso sexual deixa marcas psicológicas para a vida toda. Quanto antes a violência for estancada, mas rápido a vítima poderá ser encaminhada para acompanhamento psicológico.
O abuso abala toda a família, causando grande confusão emocional na criança, já que o agressor que faz parte de seu círculo familiar ao invés de protegê-la, é quem pratica a violência.
Não sejamos coniventes. É responsabilidade dos adultos ficarem atentos às reações diferentes da criança, prestar atenção em quem cuida na escola, onde dormem, o que fazem. As escolas também precisam incentivar a denúncia e informar às crianças que o problema existe.
Por Antonia Claudete Martins.
Editora Chefe do Jornal O Celeiro
