Ações e Resultados

O ser humano está em constante movimento em busca de evolução e progresso, tanto de forma individual quanto coletiva. Administradores e gestores estão sempre pensando ações e iniciativas para melhorar o ambiente e promover mudanças que tornem seu ambiente um lugar melhor. Algumas iniciativas são vistas em forma de campanhas, mobilizações, movimentos, criação de núcleos, conselhos, e entidades voltadas a defender uma causa e a conscientizar as pessoas. No jornal O celeiro dessa semana noticiamos duas realizações que acontecem no município. A primeira trata-se de da criação do Conselho Municipal do Direito da Mulher e o segundo diz respeito a campanha Setembro Amarelo, que trata da luta contra o suicídio.

As ações são dignas de elogios, pois tratam de temas de extrema importância ao cenário atual. No mundo, no Brasil e na localidade, a questão do suicídio tem se tornado assustadora. Mesmo aqueles aparentemente bem-sucedidos decidem pôr um fim a vida. Nem mesmo pessoas famosas e ricas estão imunes a serem acometidos pela tristeza profunda, e cometem o suicídio. Saber disso é chocante e para as famílias que passaram por isso é ainda mais difícil ainda. Ficar calado diante de tantos casos não é uma decisão sábia. Falar sobre esse tema pode ser pode salvar vidas.

A violência contra a mulher é outro tema que requer uma repercussão incansável e insistente afim de impedir a perpetuação do discurso machista que permeia a mente masculina e feminina e determina a mulher como um ser inferior e a disposição integral dos homens. Já chega disso. Os homens e as próprias mulheres precisam reconhecer que elas são dignas de respeito e valorização. As mobilizações em volta disso merecem veemente destaque.

Porém, há que se destacar que discursar sobre os temas é fácil. Mas os resultados são efetivos? O suicídio diminui conforme as campanhas vão sendo realizadas? A violência contra a mulher está sendo erradicada conforme o conhecimento aumenta e as leis as defendem? A ajuda prática está sendo prestada apenas de forma coletiva ou de forma individual? Como cada pessoa tem reagido aos movimentos? Há compadecimento quando se vê noticiado os fatos já consumados, ou há quando vemos alguém do lado que carece de ajuda?

O discurso coletivo é importante, é conscientizador, mas ele só fará real diferença se for colocado em prática em caráter individual. Compartilhar matérias, postagens e cartilhas sobre os temas difunde o conhecimento, mas não salva vidas. Se há uma vida precisando de ajuda, estenda a mão.

Por: Priscila Nascimento, Jornalista

*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, edição 1594 de 05 de setembro de 2019.

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