Pastor investigado e preso pela Polícia Civil de Campos Novos é condenado a mais de 25 anos de prisão

O Pastor P. R., investigado e preso pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso, sob o comando do Delegado Luís Eduardo Machado Córdova, foi condenado em primeira instância, a 25 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.

A informação foi divulgada na página da Polícia Civil nas redes sociais. A prisão de P. R. ocorreu no dia 06 de abril, em razão de pedido formulado pelo Delegado Luís Eduardo no inquérito policial que apurou as condutas criminosas perpetradas pelo religioso.

O referido Pastor segue preso na Unidade Prisional Avançada de Campos Novos. Da decisão da justiça cabe recurso da defesa.

Relembre o caso em matéria publicada em abril

Caso de pastor preso em Campos Novos por acusação de estupro de menina de 12 anos ganhou a mídia nacional.  Dpcami também registrou neste ano casos de ameaça contra a mulher, lesões corporais, assédio sexual, sequestro e cárcere privado.

Na noite do dia 06 de abril, a prisão pela Polícia Civil, de um pastor, P.R, de 47 anos em Campos Novos, acusado de estuprar uma menina de 12 anos, ganhou repercussão nacional. De acordo com as investigações coordenadas pelo Delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso – Dpcami, Luis Eduardo Cordova, o pastor convenceu a adolescente por meio de mensagens em celular, que ela estava enfeitiçada e que, para quebrar a maldição precisava se relacionar com “um homem de Deus que fosse casado, no mínimo sete vezes”. Ele ainda advertiu que a quebra do feitiço era um segredo e que se contasse para alguém a maldição ficaria mais forte e ela morreria.

De acordo com a vítima, os abusos ocorreram entre junho e julho de 2016, porém, somente em fevereiro deste ano, depois de não suportar mais a situação, ela contou à família. A mãe levou o caso para o delegado Luis Eduardo Cordova. Conforme o delegado, a investigação aponta que o pastor manteve relações sexuais com a menina por pelo menos quatro vezes. “A partir do momento em que ela buscou o pastor, ele se valendo de toda a situação que criou, principalmente da pouca idade desta primeira vítima, acabou atingindo o objetivo e manteve relação sexual com essa menina, pelo que apuramos, por pelo menos quatro vezes”, informou o delegado, revelando ainda que a adolescente também foi ameaçada para que mantivesse a situação em segredo.

Após este caso, em março outras duas denúncias chegaram à Dpcami, de adolescentes de 15 e outra de 16 anos de idade. Nestes casos, foi apurado que P.R. habilitou um número de telefone celular em nome de uma fiel que frequenta sua igreja e, valendo-se desse terminal telefônico, encaminhou mensagem para duas frequentadoras de sua igreja.  Nessa mensagem, a qual consta no Inquérito, o pastor se passava por um rapaz que dizia ter estudado com as vítimas e que seu pai era feiticeiro e havia feito um feitiço para destruir a vida das jovens. Como única maneira de desfazer o feitiço, a mensagem dizia que as vítimas deveriam fazer amor por sete vezes com um grande homem de Deus, abençoado e casado, mas que ninguém poderia saber disso, caso contrário as meninas poderiam até morrer. A mensagem ainda asseverava que o referido “rapaz” estava alertando as meninas sobre aquilo, pois não queria que nada de ruim acontecesse com elas.

As adolescentes também mantiveram contato com o Pastor por meio de mensagens no whatsapp, que constam no inquérito, porém, por serem mais maduras, acabaram procurando ajuda dos pais. Em todos os casos, explicou o delegado, o pastor identificou problemas familiares com as vítimas. “O pastor identificou nas vítimas alguns problemas familiares que elas passavam, alguma situação que afligia elas e ele passou também a se valer deste problema para tentar convencer as meninas. Nas mensagens ele falava: sabe aquele teu problema lá, a solução é essa”, revelou Luis Eduardo Cordova.

O telefone em nome da fiel da igreja foi habilitado em 22 de março e as mensagens foram encaminhadas às últimas duas vítimas em 23 de março. Depois disso, o pastor registrou o furto do aparelho. No caso das adolescentes de 12 anos, a acusação é de crime de estupro de vulnerável e em relação às adolescentes de 15 e 16 anos, o crime é de violação sexual mediante fraude, na forma tentada porque elas não foram convencidas pelo pastor. Com base nas provas coletadas, P.R. teve a prisão preventiva decretada.

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